Em diversas cidades do Brasil e em várias capitais pelo mundo afora, o 1º de Maio foi marcado por manifestações que ocuparam as ruas denunciando as reformas impostas pelos governos que retiram direitos trabalhistas, atacam a Previdência e pioram os serviços públicos.
Mudam somente os lugares divididos pelas cercas das nações, mas o receituário é o mesmo: o Capital, para ampliar seus lucros, busca a cada saída de suas crises periódicas aumentar a exploração do conjunto da classe trabalhadora e são muitos os exemplos que demonstram isso.
A reforma trabalhista dos patrões implementada pelo governo Temer/MDB tem o mesmo objetivo das reformas impostas em outros países como Argentina e França, ou seja: flexibilizar a jornada de trabalho de acordo com os interesses patronais, diminuir salários e retirar direitos trabalhistas garantidos na legislação e nas Convenções Coletivas de Trabalho.
Ataque aos direitos, aumento da violência e da miséria: enquanto retiram direitos dos trabalhadores, os capitalistas comemoram seus lucros e espalham miséria, ao mesmo tempo em que intensificam a violência contra os que lutam. A morte de trabalhadores rurais que lutam no campo, o assassinato de Marielle e Anderson, a violência policial contra as mobilizações nos locais de trabalho e nas ruas são mais um exemplo de como o Estado age para tentar conter a necessária luta da classe trabalhadora.
Para enfrentar isso, só esperar pelo calendário eleitoral não basta. As eleições por si só não têm o poder de acabar com as ações de grupos de direita que de tempos em tempos são liberados pela burguesia para escorrer seu ódio de classe, e tão pouco estancarão a sangria contra os direitos que duramente conquistamos na luta. O caminho segue sendo o mesmo percorrido por nossa classe a séculos: organizar a luta a partir da base, romper com as cercas que tentam nos dividir em categorias e nações, parar a produção e circulação de mercadorias e retomar as grandes greves gerais, pois só assim vamos garantir a manutenção e a legítima ampliação dos direitos.
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Sobre a história do Primeiro de Maio. Construído por nossos camaradas do Sismmac, Sintcom-PR, Firmes na luta – Juntos com a base, Sifar, Sismmar e Coletivo Outros Outubros Virão