Após muita enrolação e desrespeito, com a apresentação de diversas propostas confusas, nesta sexta-feira (20/06/2008), o governo apresentou uma nova proposta de tabela remuneratória. A proposta desconsidera o projeto de carreira apresentado pela categoria e aumenta a segregação entre os servidores novos e antigos, que apesar de prestar o mesmo serviço são remunerados de forma desigual. Além de manter a gigantesca distorção causada pelo fato de a maior parte da remuneração dos funcionários continuar sendo composta por gratificação (cerca de 70% em alguns casos), que não são incorporados em caso de aposentadoria.
A proposta do governo é totalmente contrária à concepção de carreira defendida pelo funcionalismo: uma carreira típica de Estado, com pagamentos por subsídios, ou seja, um salário por inteiro, com valores incorporados e livre de apêndices. Essa proposta foi protocolada em abril deste ano pela categoria, em forma de Proposta de Medida Provisória, e, lamentavelmente, foi ignorada pelo governo durante a negociação.
Diante disso, a categoria deliberou, na assembléia dos Servidores realizada no Aeroporto de Guarulhos no dia 23 de junho, pela rejeição integral da proposta apresentada pelo governo, ressaltando o caráter de segregação e divisionismo da proposta do governo, que pretende, em última análise, viabilizar a construção de uma nova concepção de serviço público empenhada em redusir a força das atividades reguladoras em nome das metas de mercado. A assembléia indicou a deflagração do movimento grevista em São Paulo, indicando que este deva ser construído nacionalmente com a rejeição integral das propostas nas demais regiões do país.
A Intersindical na última reunião de sua coordenação nacional, apresenta indistinto apoio a luta dos companheiros, se colocando a disposição para somar na construção do movimento.
Coordenação Nacional da INTERSINDICAL