No dia 23 de Abril de 2007, imediatamente após o encerramento uma paralisação de 2 horas, contra a “Emenda 3”, aquela que generaliza as contratações de “pessoas jurídicas”, sem registro na carteira de trabalho, a Companhia do Metropolitano de São Paulo procedeu ao afastamento sumário de cinco dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Metroviário de São Paulo – Paulo Pasin, Pedro Augustinelli Filho, Ronaldo de Oliveira Campos, Alex Fernandez Alcazar e Ciro Moraes – sob a alegação de que teriam sabotado a operação de trens, bem como desligado a energia elétrica dos trilhos próximos à estação da Sé conforme amplamente divulgado pela imprensa.
Após inúmeras negociações o governo Serra manteve o afastamento para averiguação de falta grave de Paulo Pasin e Alex Fernandez Alcazar. Sendo que o companheiro Alex Fernandez retornou ao trabalho por decisão da Justiça do Trabalho.
A segunda onda de demissões deu em retaliação ao apoio massivo da categoria à greve ocorrida em agosto de 2007, pela política adotada pela empresa na negociação do pagamento Participação nos Resultados. A Cia do Metrô e o Governo do Estado demitiram mais 60 funcionários, dentre eles muitos sindicalistas.
No dia 21 de agosto de 2008, a 15ª Vara da Justiça do Trabalho da 2ª Região publicou a sentença do inquérito judicial para apuração de falta grave movido pelo Metrô de São Paulo contra Paulo Roberto Veneziani Pasin.
Essa é uma vitória de todos que torceram, apoiaram, contribuíram e se solidarizaram em mais esta caminhada contra as injustiças do sistema capitalista. Felizmente a sentença da Justiça do Trabalho determina a imediata reintegração do companheiro Paulo Pasin, mas não podemos nos esquecer de que milhares de companheiros (as) continuam sendo criminalizados por lutar contra os interesses do capital. Que esta vitoria fortaleça a luta contra a criminalização do movimento social e da pobreza.