Companheiros/as,
Nos próximos dias 13, 14 e 15 de novembro na cidade de Campinas em São Paulo, realizaremos nosso III Encontro Nacional. Serão 3 dias dedicados a organização dos ramos presentes na Intersindical, consolidar nossas ações nas questões especificas de nossa classe como gênero, etnia e juventude para que sejam parte da luta geral da Intersindical. Dias para ler a realidade e com unidade e coerência entre nossa elaboração e ação, seguir nosso plano de ação e luta para enfrentar os ataques do Capital e seu Estado.
A Intersindical se consolida e amplia sua organização nacional, pois não se submeteu a política de parceria com os patrões e os governos, feita pela maioria das centrais sindicais que já nasceram para isso como a Força Sindical entre outras, ou por aquelas que deveriam estar com os trabalhadores e hoje estão contra como a CUT.
Nossa organização cresce porque também não se submeteu à lógica de construir novas centrais completamente distanciadas da classe trabalhadora, com fizeram aqueles que romperam com a Intersindical e se fundiram com outras organizações. Decretaram mais uma nova central e agora acham que basta conclamar os trabalhadores para que o problema da fragmentação esteja resolvido.
A Intersindical desde sua criação em 2006 fez a escolha pelo caminho mais difícil, porém necessário: enfrentar a fragmentação da classe a partir dos locais onde ela de fato acontece.
Nesses 4 anos estivemos a frente de várias mobilizações e greves que começam a dar saltos de qualidade em lutas que buscam romper o corporativismo das categorias impostas pelos patrões e seus governos.
Num ano eleitoral não nos submetemos à lógica institucional, seguimos organizando a luta a partir dos locais de trabalho, estudo e moradia.
Estamos na luta enfrentando os velhos e novos pelegos. Um ano de muitas eleições sindicais onde a Intersindical junto com os trabalhadores têm derrotado a pelegada. Seja consolidando direções onde já estamos e com as Oposições que organizadas a partir da base tem retomado importantes Sindicatos para luta.
Mantendo a independência em relação aos patrões e governos, a autonomia em relação aos partidos, estamos consolidando um instrumento que está acima das disputas internas.
Não nos sentimos órfãos de cargos, estamos na ação pratica contribuindo na reorganização do movimento retomando as tarefas abandonadas pela maioria absoluta das centrais.
Não negamos ao contrário reconhecemos a importância da construção de uma central sindical, mas ela será conseqüência da ação que temos por fazer junto com a classe.
Não estamos esperando o ascenso, como não esperamos a queda das direções pelegas, estamos organizando uma parcela importante e nada pequena da classe para derrubar aqueles que só têm como objetivo serem mediadores dos interesses do Capital.
Nosso Encontro Nacional que está sendo precedido de encontros nos estados acontece num momento onde o Capital segue buscando saídas para sua crise atacando a classe trabalhadora. Na Europa greves gerais na Grécia, paralisações e manifestações na Espanha, França, Itália, a classe se movimenta para resistir aos ataques.
No Brasil logo a aparência dará vez ao conteúdo. O governo Lula garantiu tudo que lhe foi pedido pelos representantes do Capital. Muito financiamento público nas obras de infra estrutura para atender as demandas das empresas, dinheiro público para salvar indústrias e bancos, isenções de impostos, que vão ter como resultado o estouro do déficit público.
No dia a dia da classe trabalhadora, aumento da jornada e do ritmo de trabalho, salários arrochados e junto a isso o endividamento cada vez maior dos trabalhadores.
O pacote já está montado para logo depois das eleições: congelamento de salários, mais arrocho e novamente a tentativa de reduzir salários e direitos.
Por isso o momento é de ampliar nossa organização, acumular forças nas lutas que já estamos travando para como classe enfrentarmos os patrões, seus governos e aliados. Nas lutas concretas a superação da sociedade de classes e a construção do socialismo.
Aqui está a Intersindical viva e presente na reorganização da classe
- Contra o banco de horas, pela redução da jornada sem redução salarial
- Mais e mesmos direitos para todos
- Fim do Fator Previdenciário e da Alta Programada
- Contra a criminalização do movimento sindical e popular
- Pelo direito irrestrito de greve
- Contra a fragmentação imposta pelos patrões e pelo governo, a partir dos locais de trabalho romper as cercas das categorias e construir a luta da classe
- Contra as privatizações. Em defesa do serviço público e de qualidade para a população trabalhadora.
- Romper as cercas das nações e ampliar a solidariedade internacional da classe trabalhadora