O Sindicato dos Petroleiros de São José dos Campos irá realizar um ato público na portaria principal da refinaria Henrique Lage (REVAP), amanhã, quinta-feira, 15, a partir das 6h, em protesto contra a prática da gerência de punições aos trabalhadores que denunciam o estado lastimável da manutenção da unidade da Petrobras. O Ato também marcará o início da Campanha Salarial 2012.
A pauta de reivindicações da categoria foi aprovada no VI Congresso Nacional da FNP, que ocorreu no Sindipetro-SJC, em julho, e será protocolada na Petrobras no próximo dia 23. Os principais pontos são: aumento real, contratação urgente de novos funcionários, mais manutenção e investimento na segurança.
É justamente o descaso com a segurança que tem disparado a aplicação de punições na Revap. A empresa pune petroleiros para jogar nas costas deles a culpa sobre os acidentes, o número reduzido de trabalhadores e os incidentes ocorridos por causa da falta de manutenção.
Os trabalhadores ainda são pressionados/assediados a liberarem Permissões de Trabalho (PT´s) em excesso. A gerência não permite que o trabalhador tenha tempo para checar toda a operação como mandam as normas. Os trabalhadores operam no limite da segurança e dos riscos.
Os painéis de controle estão com vários alarmes acionados colocando em risco as atividades operacionais e induzindo os operadores a erros. Há caso de punição de 29 dias a um trabalhador para encobrir uma situação decorrente do sucateamento da manutenção e do efetivo de trabalhadores reduzido.
Além da defesa da segurança dos trabalhadores e dos moradores do entorno da refinaria, o ato vai denunciar todo o calote trabalhista praticado por empresas terceirizadas com contrato na Petrobras. Várias empresas sumiram da Petrobras e deixaram os passivos trabalhistas para a ex-estatal do petróleo pagar. Não existe fiscalização, o que penaliza o trabalhador e onera a multinacional Petrobras.
Inclusive, trabalhadores da terceirizada Tenace estão em greve na Revap por causa de atrasos no pagamento. Da mesma forma que combatemos a terceirização, exigimos a fiscalização de todos os contratos firmados. Os trabalhadores não podem ser prejudicados por empresas picaretas e a Petrobras (empresa de economia mista com participação acionária do governo federal) não pode ser lesada por contratos não fiscalizados.
A portaria principal da Petrobras fica à Rodovia Presidente Dutra, km 143, Jardim Diamante, São José dos Campos.
Mais informações:
José Ademir, presidente do Sindipetro-SJC: (12) 9729-0065
Júlio Cesar, diretor do Sindipetro-SJC: (12) 9729-0561
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