No dia 26 de março, os servidores municipais de Santos/SP fizeram uma greve histórica que atingiu todos os setores. Essa foi uma resposta à proposta de reajuste salarial de 1,5%, considerado um insulto pela categoria que reivindica 6,2% de reposição da inflação mais 10% de perdas passadas.
Em encontro promovido pelo Sindserv Santos antes da eleição, o então candidato Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) prometeu reajuste acima da inflação e outros benefícios. Esse encontro foi gravado, veja aqui.
Um dia antes da greve, o prefeito Paulo Alexandre (filho do último interventor da ditatura militar na cidade de Santos) disse que não acreditava na adesão dos servidores. A resposta veio no dia seguinte com a maioria dos locais de trabalho da prefeitura completamente parados.
Segundo a imprensa, a paralisação ficou perto dos 70%.E, além de parar, os trabalhadores ficaram o dia todo na praça em frente a prefeitura mostrando seu descontentamento. A estimativa da Polícia Militar é que mais 2.500 pessoas participaram do ato. Uma semana antes, os trabalhadores já haviam interrompido a sessão da Câmara dos Vereadores, veja aqui.
Durante o dia, Paulinho Paulada (como agora é conhecido pela cidade) deu declarações à imprensa de que sua proposta continuará em 1,5% de “aumento” e que só aumentará esse índice em agosto.
Os servidores têm assembleia marcada para o dia 04/04 (quinta), às 19h, no SindiPetro LP (Av. Conselheiro Nébias, 248). Se não aparecer nenhuma proposta digna, não está descartada uma greve por tempo indeterminado.
Por: Victor Martins
fotos: Fábio Francisco
fotos: Fábio Francisco