Trabalhadores do CDD Uvaranas aprovam greve para o dia 14 de agosto

Com informações do SINTCOM/PR

Se a Empresa não negociar, os trabalhadores do CDD Uvaranas, em Ponta Grossa, vão cruzar os braços e paralisar as atividades na próxima quarta-feira (14). Essa foi a decisão aprovada em assembleia, realizada no dia 8 de agosto, em frente ao local de trabalho.

O indicativo de greve é resultado da insatisfação da categoria diante das péssimas condições de trabalho na unidade e da truculência da gerência. Há cerca de um ano, os trabalhadores têm denunciado os problemas gerados pela sobrecarga de trabalho e pelas práticas de assédio adotadas pela chefia.

Para denunciar essas práticas e cobrar respostas, foi organizado um abaixo-assinado em setembro de 2012. Entretanto, nada foi feito sobre o assunto. Ao invés de apresentar soluções, a ECT tentou calar os trabalhadores com a ameaça de sanção administrativa.

Assédio e perseguição
Ao longo desse ano, a gerente continuou praticando assédio e perseguindo os trabalhadores do CDD Uvaranas. Distribuiu SIDs indiscriminadamente e se recusou a receber atestados médicos que não tivessem a Classificação Internacional de Doenças (CID). A recusa servia para constranger quem precisava faltar ao trabalho por motivo de saúde.

Alguns trabalhadores também foram constrangidos em reuniões feitas na sala da gerência, a portas fechadas, para retaliações individuais.

As péssimas condições de trabalho contribuem para a situação insustentável do CDD Uvaranas. Há sobrecarga de trabalho, falta segurança e a infraestrutura é péssima. Neste ano, as condições de trabalho chegaram ao limite. Alguns trabalhadores passaram a separar as cartas no chão por causa da falta de infraestrutura.

A sobrecarga de trabalho e o assédio praticado diariamente afetam também a saúde dos ecetistas. Pelo menos quatro trabalhadores do CDD Uvaranas estão em processo de adoecimento psiquiátrico.

Assédio como política de controle dos trabalhadores
O autoritarismo das chefias é uma das estratégias usadas pela ECT para fazer com que os trabalhadores aceitem se submeter à sobrecarga e às péssimas condições de trabalho sem reclamar.

A falta de estrutura, imposição de metas e o aumento dos distritos postais, entre outros ataques, são empurrados “goela abaixo” através da perseguição e do assédio diário da gerência.

É por isso que, a cada semana, estouram denúncias de perseguições e práticas truculentas em novas unidades. Não podemos mais aceitar que o açoite seja uma prática aceita e estimulada dentro da ECT!

Para enfrentar essa situação, é preciso que os trabalhadores estejam unidos e mobilizados a partir dos locais de trabalho. Só a luta da categoria, como ocorreu no CIC em julho e está acontecendo agora no CDD Uvaranas, pode por fim ao assédio dentro dos locais de trabalho!

Reivindicações dos trabalhadores do CDD Uvaranas

  • Substituição imediata da gerencia
  • Não às dobras
  • Contra qualquer truculência da chefia
  • Pelo recebimento dos atestados e declarações médicas para justificar
    faltas e ausências
  • Contra a recusa de atestados sem CID (Código Internacional de Doenças)
  • Contra qualquer anotação no cartão ponto antes do prazo de 48 hs para entrega de justificativa
  • Pela contratação de mais carteiros e OTTs e contra a sobrecarga de trabalho
  • Contra a falta de segurança
  • Contra o assédio moral
  • Contra a entrega em área não regulamentada (Contrato com a Caixa)
  • Contra o acompanhamento setorial realizado inadequadamente
  • Contra a imposição de horas extras