Por MetalúrgicosBS – ago/2013
No dia 22 de julho, uma explosão num dos conversores da siderúrgica da Usiminas no México, a Ternium Planta Guerrero, na cidade de Monterrey, matou 10 trabalhadores e deixou mais 3 companheiros em estado greve, que estão internados numa Clínica no estado do Texas- EUA.
A sucata contaminada com óleo e graxa está sendo adicionada ao processo de produção, denúncia que já foi confirmada, mais o sucateamento promovido pela Usina é o que tem atacado a saúde e a vida dos trabalhadores.
Péssimas condições de trabalho, excesso de jornada, pressão, desrespeito aos direitos, essa tem sido a receita da Usina no Brasil e para além das fronteiras do país.
Aqui a Usina já foi denunciada para todos os órgãos de fiscalização que vão ser também denunciados por não fazerem nada, se tornando cúmplices das ações que atentam contra a vida dos trabalhadores.
Além disso, já exigimos em várias reuniões, mudanças urgentes dentro da área. Temos mais uma reunião marcada para o próximo dia 12/08, para exigir o fim do cárcere privado dentro dos ônibus, as chamadas antecipadas que não estão respeitando o direito de descanso entre as jornadas e tantos outros problemas.
Para defender a saúde e a vida, nossa arma é a mobilização
A direção da Usiminas está interessada somente em aumentar seus lucros através do trabalho dos metalúrgicos e não tem feito nenhum investimento para garantir segurança.
Na sinterização, por exemplo, os absurdos continuam. Nenhuma providência foi tomada para acabar com os acidentes, ao contrário, os trabalhadores têm enfrentado poeira, buracos, equipamentos quebrados. Para piorar, as ferramentas necessárias para a realização das tarefas ficam sempre no topo dos prédios onde os elevadores não funcionam.
Por isso está mais do que na hora de em cada área, organizarmos a mobilização, parar a produção é mais do que um direito para defender a vida. Na próxima semana dia 13/08 participe da reunião no Sindicato que faremos em dois horários: as 9:00 horas e as 18:00 horas.
Esses são os trabalhadores mortos pelas más condições de trabalho na Ternium:
– Pablo Liñàn Montemayor, 37 anos
– Luis Alfredo Gómez González, 20 anos
– Martín Héctor Villarreal Almaguer, 48 anos
– Ever Armando Esparza Robles, 19 anos
– Juan Antonio Llamas Rodríguez, 50 anos
– Lucio Espíndola Esquivel, 32 anos
– Miguel Ángel Ruiz Posadas, 41 anos
– Rubén Cabrales Maciel, 56 anos
– Uriel Ramirez Villanueva, 20 anos
– Josué Ricardo Regalado Sánchez, 24 anos
Continuam internados em estado grave:
– Alfredo Garcia Álvarez, 45 anos
– Moisés Silva Martínez, 47 anos
– Carlos Santiago Del Ángel, 30 anos
Em nossa memória e em nossa luta, os companheiros continuam!
Nossa luta segue e se amplia exigindo punição, melhores condições de trabalho e respeito à vida