Por SISMMAC em 26 de Novembro/2013
A greve nos CMEIs continua! Após a passeata realizada até a sede da Prefeitura, os cerca de dois mil educadores e educadoras em greve decidiram manter a paralisação até que o prefeito Gustavo Fruet atenda as reivindicações da categoria.
Nesse primeiro dia de paralisação, a direção do SISMMAC acompanhou a passeata e visitou vários CMEIs para conversar com os profissionais do magistério que atuam na educação infantil. Também foi realizada uma reunião, na sede do sindicato, para reforçar a posição de que as professoras e professores devem ser solidários a esse movimento que reivindica a equiparação com as condições de trabalho, com os direitos que já foram conquistados pelo magistério e aqueles que ainda não foram postos em prática, como é o caso da hora-atividade de 33,33%.
Em grande parte das unidades, as professoras e professores se recusaram a receber os alunos nesta terça-feira (26) em solidariedade à greve das educadoras. Essa forma de demonstrar apoio à luta das nossas companheiras e companheiros de trabalho deve continuar nos próximos dias e se intensificar à medida que a greve vá se espalhando para outros CMEIs.
As professoras e professores que atuam na educação infantil dividem o trabalho e a sala de aula com as educadoras e educadores. Essa cooperação é o que nos possibilita atender as crianças que dependem da educação infantil pública de Curitiba, apesar da sobrecarga e das péssimas condições de trabalho que enfrentamos diariamente. Por isso, entendemos que essa união é fundamental também agora, no momento em que nossas colegas de trabalho saem às ruas e, com coragem, reivindicam melhores condições de trabalho.
Professor é educador e Educador é professor. Isonomia já!
As educadoras e educadores de Curitiba, em grande parte, já possui nível superior em pedagogia e são cobrados para desenvolver trabalho pedagógico na educação Infantil. Entretanto, apesar de possuírem a mesma formação que os profissionais do magistério, recebem cerca de R$ 1.700 por uma jornada de trabalho estressante de 40h.
É por isso que essa categoria luta para que as condições de trabalho e direitos se aproximem do que já foi conquistado pelo magistério. As reivindicações que motivaram a greve são a redução da jornada de trabalho, reajuste salarial, eleição para escolha das direções de CMEI, como ocorre nas escolas, hora-atividade de 33,33% e aposentadoria especial.
O magistério sempre reivindicou que as faixas de remuneração na Prefeitura sejam baseadas na titulação, jornada de trabalho e no tempo de serviço. Por isso, entendemos que as reivindicações que buscam isonomia com o magistério são justas e visam melhorar as condições de trabalho e a qualidade da educação infantil que é ofertada as crianças de Curitiba.
Afinal, se trabalhamos juntos e possuímos a mesma formação, por que os salários e direitos são tão diferentes? Todo apoio à greve das educadoras e educadores de Curitiba!
Professor é educador e Educador é professor! Isonomia já!
Como apoiar greve das educadoras e educadores:
• As professoras e professores que atuam nos CMEIs devem se recusar a receber os alunos. Essa medida, além de ser uma forma de apoiar a luta dos nossos colegas, é também uma garantia para o magistério, já que sem as educadoras e educadores, os CMEIs não possuem condições mínimas de atender as crianças.
• O magistério não deve entrar em sala sem a presença de educadores, nem aceitar a junção de turmas.
• Para que não seja registrada falta injustificada, as professoras e professores devem permanecer na unidade e registrar em ata que, devido à greve, não há condições mínimas para oferecer suporte às crianças.