DIA INTERNACIONAL DE LUTA DAS MULHERES TRABALHADORAS PARA ALÉM DE MARÇO, A LUTA É TODO DIA

8 DE MARÇO

DIA INTERNACIONAL DE LUTA DAS MULHERES TRABALHADORAS

PARA ALÉM DE MARÇO, A LUTA É TODO DIA

Todos os dias o fardo imposto do trabalho doméstico dentro de casa. Para além da casa somos exploradas nos espaços de produção da riqueza, também oprimidas nos espaços de circulação do Capital e junto a isso um Estado que serve aos interesses da classe economicamente dominante. Essa não é realidade de todas as mulheres, essa é a realidade das mulheres da classe trabalhadora.

Ao seguirmos em luta, avançamos no enfrentamento contra essa sociedade que tenta naturalizar o machismo e a desigualdade, para potencializar a exploração ao conjunto da classe trabalhadora. Mas muito ainda há o que fazer, não só no 8 de Março Dia que marca nossa luta contra a exploração e a opressão.

A violência que está presente dentro e fora dos locais de trabalho

O processo de produção capitalista nos faz adoecer e morrer nos locais de trabalho, mas além dele, o machismo cultivado pelo sistema capitalista, faz com que a violência esteja para além dos locais de trabalho.

A agressão vai do xingamento, passando pela porrada, até chegar na morte: em 17 de fevereiro de 2014 em Pernambuco, Sandra, professora integrante da direção do Sindicato dos Professores na cidade do Recife, foi assassinada por seu namorado. Seu filho Icauã de apenas 10 anos também foi morto defendo a vida da mãe. No dia 5 março Francisca uma jovem de 18 anos foi encontrada morta na Rocinha/RJ.

Sandra, Francisca, são duas de muitas de nós que morrem vitimas da violência estimulada por esse sistema capitalista que tenta naturalizar a violência sexista, como mais um instrumento para potencializar a desigualdade.

Ao longo da história morremos e sobrevivemos em luta

E a luta continua, além de nossos salários continuarem menores em relação aos homens, os salários do conjunto da nossa classe são cada vez mais arrochados, as condições de trabalho adoecem e matam, na mesma medida que aumentam os lucros do Capital.

O Estado age para manter a desigualdade, na expressão das ações do governo, do Legislativo e do Judiciário: A Lei Maria da Penha é um avanço inacabado, só será de fato um avanço na luta contra a violência a partir do momento que garanta proteção a mulher vitima de violência e acabe com a impunidade a quem agride e mata.

Enquanto a impunidade segue, no Congresso Nacional os projetos de lei como a “bolsa estupro” potencializam a violência contra as mulheres e o aborto a continuar ilegal e clandestino seguirá mantando as mulheres de nossa classe.

Em luta continuamos todos os dias

No 8 de Março, nos debates, panfletagens, assembleias nos locais de trabalho, nas atividades nos Sindicatos e nas ruas estaremos avançando na luta que realizamos todos os dias.

Somos operárias metalúrgicas, têxteis, sapateiras, professoras, funcionárias públicas, bancárias, trabalhadoras que organizadas nesse novo Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora, lutamos contra a desigualdade imposta.

Organizadas na Intersindical enfrentando os ataques do Capital e seu Estado, firmes estamos na luta que se faz todos os dias com o conjunto de nossa classe.

 

Sem as mulheres a luta fica pela metade, pela metade será também se não for uma luta do conjunto da classe

– Aumento e igualdade salarial

– Redução da jornada sem redução dos salários

– Combate todas as formas de precarização das condições de trabalho

– Pelo direito de decidir e viver: legalização e descriminalização do aborto, acompanhado de educação sexual e de um Programa de Atenção Integral a saúde das mulheres.

– Contra o projeto de lei da bolsa estupro

– Proteção às mulheres vítimas de violência e punição aos agressores

– Não pedimos licença pra lutar. Contra a lei antiterror e todas as medidas que o Estado tenta impor para criminalizar e conter a luta da classe trabalhadora.

UMA LUTA DE CLASSES, PARA UMA SOCIDADE SEM CLASSES, ONDE SEJAMOS DIFERENTES E NÃO DESIGUAIS.