São os milhões de trabalhadores da cidade de São Paulo que utilizam o transporte coletivo que só anda pelo esforço dos trabalhadores, não pelas ações do governo do PDSB.
Enquanto Alckmin e o PSDB não respondem sobre as graves denúncias de superfaturamento e formação de cartel para licitações que vêm desde a época do governo Covas, envolvendo multinacionais como Alstom, Siemens, Caf. entre outras, a população trabalhadora amarga o sucateamento dos já precários serviços públicos.
Uma luta que não é só da categoria
O coração da burguesia reside em São Paulo e a maioria dos burgueses se movimenta pelos ares em seus helicópteros e jatinhos particulares, quando não, se enfurecem em seus carros blindados com o congestionamento provocado pelas greves dos trabalhadores no transporte seja nos ônibus ou no Metrô. Mas a burguesia e seu governo se enfurecem ainda mais, porque sabem que a greve consegue revelar o que tentam esconder: que o transporte para os trabalhadores não anda.
Não anda por conta da ação do governo, que transforma o que deveria ser público e de qualidade para a população trabalhadora em mercadoria rentável para o Capital, o resultado disso é: tarifa cara, vagões e ônibus lotados, linhas que não garantem um único transporte para chegar ao destino e assim aumentam o gasto e o tempo entre o duro trajeto entre a casa e o trabalho.
A greve dos trabalhadores no Metrô de São Paulo vai além de reivindicar o devido aumento salarial e a ampliação dos direitos, é uma greve que reivindica que o transporte público atenda de fato a quem dele precisa: os trabalhadores.
O governo ataca com bombas, balas, detenção e demissão, a luta legítima dos trabalhadores: Desde o inicio da greve a resposta do governo Alckmin foi reprimir o movimento com seu aparato policial e no dia de hoje além das bombas e da detenção de trabalhadores que seguem firmes na greve, anunciou a demissão de dezenas de metroviários.
Na reunião realizada durante a tarde dessa segunda-feira, o governo além de não avançar na proposta de reajuste salarial, insiste em manter as demissões, essa é a cartilha do PSDB: atacar nos salários, no emprego a legitima organização dos trabalhadores.
Fazem agora o mesmo que fizeram em 2007 quando os metroviários juntos com o conjunto das organizações de luta se colocaram em movimento contra a proposta apresentada pelo Congresso da famigerada “Emenda 3” que tinha por objetivo flexibilizar a legislação trabalhista para diminuir direitos.
Seguimos juntos com os metroviários em sua luta que atravessa a fronteira da categoria e da agenda dos eventos internacionais que estão prestes a acontecer como a Copa, essa é uma das muitas e importantes mobilizações que se somam a luta geral da classe trabalhadora.