AO INVÉS DE LUTAR CONTRA AS DEMISSÕES CUT, FORÇA SINDICAL E UGT PROPÕEM A REDUÇÃO DE SALÁRIOS

Os patrões nem precisaram pedir dessa vez, pois os pelegos já estavam apostos para mais uma rodada de pacto, que para os trabalhadores significa redução de salários e direitos.

É esse o significado do “Plano de Proteção ao Emprego” (PPE) que é na realidade o Plano de Proteção ao Empresariado, a proposta apresentada ao governo pelas centrais sindicais CUT, Força Sindical e UGT. Pois pela proposta, quando as direções das empresas “avaliarem que estão em crise” poderiam junto com os sindicatos que representam os trabalhadores negociar acordos onde a jornada de trabalho seria reduzida desde que os salários também o fossem.

Os patrões só teriam que pagar 70% dos salários, 15% seriam pagos pelo Estado, através dos recursos do FGTS. E os outros 15% dos salários? Ninguém paga.

Quem já aceitou lay-off, redução de salários e direitos, agora junto com o governo Dilma tenta espalhar esse ataque a todos os trabalhadores:

Todas essas centrais já realizam através de seus sindicatos, acordos coletivos que reduzem salários e direitos e há muito tempo sucumbiram ao lay-off, medida criada durante o governo Fernando Henrique que suspende o contrato de trabalho, por um período de 5 meses, podendo ainda ser prorrogado. Durante esse período os trabalhadores recebem apenas o valor do seguro-desemprego pago pelo Estado e não há arrecadação do FGTS e nem para Previdência.

As empresas usam e abusam do lay-off com a conivência dos pelegos e agora querem mais, tanto é assim que montadoras como Volks e mais recentemente Mercedes anunciaram a demissão de centenas de trabalhadores que estavam retornando do lay-off.

Essas são as mesmas empresas que se fartaram nos últimos anos não só através das medidas do governo como a redução de impostos, a exemplo do IPI, mas principalmente pela redução do preço da força de trabalho. Redução feita através de acordos aceitos pelos sindicatos onde os salários foram reduzidos e junto a eles também direitos antes garantidos nas Convenções Coletivas de Trabalho.

A proposta das centrais sindicais foi entregue ao governo no final de 2014 e se inspira no modelo adotado na Alemanha, onde desde então os trabalhadores tem vivido o retrocesso em seus direitos e o achatamento nos salários. Modelo já copiado pelas centrais, principalmente a partir do inicio da década de 90. Ou seja, os pelegos querem agora pelas mãos do Estado nacionalizar e legitimar os acordos de redução de salários para o conjunto dos trabalhadores.

NÃO VAMOS ENGOLIR O PACTO

O PPE se for implementado começará como uma “experiência” de 12 meses, que logo será aprovado pelos patrões como excelente instrumento de aumento da exploração.

Combater as demissões é se colocando em movimento, não sucumbindo ao pacto com os patrões. É isso que continuaremos a fazer a partir da luta organizada em cada local de trabalho, luta essa que impediu a redução de direitos e salários nos lugares onde estamos, luta que vamos ampliar contra os ataques dos patrões, do governo e de seus aliados no movimento sindical.

DIA 29 VAMOS PARALISAR OS LOCAIS DE TRABALHO

CONTRA O PROJETO DA TERCEIRIZAÇÃO DOS PATRÕES

CONTRA AS MEDIDAS DO GOVERNO DILMA QUE ATACAM O SEGURO-DESEMPREGO, O ABONO, O AUXÍLIO-DOENÇA, AS PENSÕES

CONTRA O PLANO DOS PELEGOS DE ACEITAR A REDUÇÃO DE SALÁRIOS

JUNTOS COM AS ORGANIZAÇÕES QUE ESTÃO NA LUTA PRA VALER, VAMOS FORTALECER A MOBILIZAÇÃO RUMO A GREVE GERAL

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