Trabalhadores municipais de Porto Alegre em greve

Por trabalhadores Municipais de Porto Alegre em luta!

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O ano de 2015 iniciou com duros ataques à classe trabalhadora. As medidas de austeridade e cortes de direitos trabalhistas e previdenciários adotados pelo governo Dilma e o projeto de terceirizacão dos patroes deixam claro que sua prioridade é defender os interesses dos patrões contra os trabalhadores.

Em Porto Alegre a situação não é diferente. Os trabalhadores municipários estão em mobilização desde agosto do ano passado contra a possibilidade de perda de até 38% de seus salários. Ao longo desses meses, o governo vem enrolando a categoria: a criação de Grupos de Trabalho que nada fazem, promessas de vereadores que nunca dão em nada ou, pior, não são cumpridas. Mesmo com a desculpa de não poder resolver nossa situação por falta de dinheiro, foi aprovado o PL da Secretaria da Fazenda que dá aumento de mais de 200% para os Auditores Fiscais do município, enquanto ainda temos trabalhadores da Limpeza Urbana (DMLU) que tem seu vencimento básico abaixo do salário mínimo.

Os vereadores que haviam prometido que não votariam o PL da Fazenda mostraram sua cara. E outros comparecem a greve para bradar que a conquistas estão se dando na Câmara de Vereadores. Duas semanas depois da aprovação do PL da Fazenda e dos supersalários dos Auditores Fiscais, nossos patrões dizem que a prefeitura não tem dinheiro para pagar o reajuste da inflação para a categoria. Mas para o aumento dos vereadores, no terceiro dia de nossa greve tem, para a criação de Secretaria com apenas cinco trabalhadores concursados e mais de 30 CCs tem dinheiro, para a criação dos cargos de Secretários Adjuntos (cabides de empregos) não falta.

Temos perdas salariais de 20% ao longo dos anos e o governo quer parcelar a inflação! Além disso, as condições de trabalho estão cada dia piores, prédios caindo, falta de ferramentas de trabalho, sabonetes sendo dividido em três partes para poder durar no mês, sobrecarga de trabalho por falta de nomeação de novos trabalhadores, dentre outras condições de trabalho e atendimento à população e o elevado índice de Assédio Moral que vêm deteriorando a saúde dos trabalhadores do município.

Foi por isonomia salarial e condições de trabalho e atendimento que no dia 20 de maio decretamos greve e trancamos o coração financeiro da Prefeitura para mostrar para os burocratas que não somos imbecís e que de nossa luta vem nossas conquistas.

Nenhuma confiança nos burocratas e nos parlamentares!

Toda força em nossa greve e nossos piquetes, na certeza que desde já nossa união enquanto trabalhadores é a maior conquista, pois a cada ataque sofrido saberemos e iremos resistir!

Nenhum direito a menos! Avançar rumo a novas conquistas!

Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora