Trabalhadores na Conder completam uma semana de greve e estão firmes na defesa de seus direitos

greveconder 2diaPassado a primeira semana da greve dos trabalhadores na Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia, os trabalhadores seguem firmes na defesa de seus direitos.

Além dos vários motivos que nos levaram a greve ficou escancarado que o Estado não é neutro, tem lado e não é dos trabalhadores, muito menos o dos que se movimentam de forma legítima por condições dignas de trabalho.

Embora argumentem dificuldades financeiras e jurídicas em determinados pontos, os grandes agentes da burguesia (empreiteiras, banqueiros, especuladores, etc) não se cansam de se fartarem com contratos bilionários, aditivos sem fim e de muito malabarismo jurídico que provam que todo o aparato estatal (incluindo as polícias e a justiça) servem apenas para garantir a reprodução do capital.

Tais fatos podem muito bem ser comprovados com a brutal terceirização, inclusive nas chamadas atividades fins, que atinge a Conder, dividindo a classe trabalhadora e precarizando as condições de trabalho. Somado a isso ocorre a contratação de serviços que não são executados mas que são pagos, contratações milionárias de empresas para executarem tarefas que podem simplesmente serem exercidas por seus funcionários, criação de diretorias para abrigarem apadrinhados políticos e pela quantidade absurda de ‘chefes’ numa empresa em que existe 1 cargo comissionado (quase sua totalidade ocupada por amigos e parentes sem quaisquer capacidades técnicas) para cada 1,5 funcionário de carreira. Por estes ralos se esvaem milhões… bilhões de reais… Falta então dinheiro ou esta é uma escolha política?

Por isto, a classe trabalhadora já aprendeu que a maior arma que ela dispõe é sua organização e a formação pra luta. É aí que reside nossa força, pois nenhum direito que nós temos nos foi dado de graça: tudo foi fruto de nossa conquista!

E assim seguiremos. Não nos intimidaremos com o desproporcional aparato policial que nos impuseram. Afinal, é a própria empresa que destrói o seu patrimônio ao chegar ao ponto de ARRANCAR seus próprios portões para tentar, sem sucesso, impedir o piquete. Nos recusamos a assinar um acordo coletivo rebaixado e continuaremos firmes no nosso instrumento legítimo que é a greve:

  • Reposição salarial já! Os benefícios (alimentação, transporte, creche, etc) são direitos e não aceitaremos perdas, pois a inflação decola;

  • Por condições dignas de trabalho (equipamentos básicos, instalações aceitáveis e salubridade);

  • Precisamos de um Plano da Cargos que não nos faça apenas andarmos como caranguejos! Queremos uma comissão paritária de revisão e com prazos para início, fim e implementação;

  • Inclusão de todos os trabalhadores num único Plano de Carreira;

  • Abaixo o assédio moral;

  • Convocação imediata dos aprovados em concurso público;

  • Os patrões que paguem pelas crises que criam!

Só a luta muda a vida!