AGORA É GREVE!
Os trabalhadores da rede municipal de Várzea Grande decidiram pela greve na assembleia do último dia 15 de julho. Não podia ser diferente. Motivos não faltam. As pautas são antigas e vêm se arrastando desde o começo do ano. Hoje, chegamos ao cúmulo de ter unidades de ensino com as atividades paralisadas devido à falta de comida para servir às crianças. Diversas creches estão se mantendo por meio de doações feitas pela comunidade – o que, por si só, já é motivo pra greve. Como se não bastasse, a proposta apresentada pela secretária Zilda Pereira Leite era uma verdadeira afronta: pagamento do reajuste salarial de 13,65% em quatro parcelas nos próximos meses aos professores e 6% aos demais funcionários. Uma tentativa clara de dividir a categoria.
Na ocasião, nós, enquanto integrantes do coletivo Alternativa de Luta, propusemos que um comando de greve fosse formado. Mas, a nossa proposta sequer foi votada. De forma intransigente, a direção não permitiu que a categoria decidisse. Alegou que o estatuto não permitia. Mentiu! Em todo o estatuto (ou regimento interno) do Sintep não há um único artigo que proíba ou contrarie a utilização deste instrumento de luta. Muito pelo contrário. A própria história do sindicato comprova que a formação de um comando de greve, na década de oitenta, foi importante para obtenção conquistas. E teve como saldo da greve a “formação de um grupo de novos sindicalistas da educação, com uma posição política independente e de oposição ao Governo e às práticas associativas da maioria das direções anteriores”.
POR QUE A ATUAL DIRETORIA NÃO QUER O COMANDO DE GREVE?
O comando de greve é um instrumento que os trabalhadores de diversas categorias utilizam para se organizar em movimentos grevistas. Como exemplo, citamos os servidores dos seguintes órgãos que permanecem em greve nos últimos dias: IFMT, UFMT e INSS. Um comando de greve possibilita maior participação na organização e na tomada de decisões por parte dos trabalhadores, posto que amplia a discussão para além da direção sindical. Além disso, o comando também negocia diretamente com o executivo e encaminha o que foi decidido pela categoria, dando assim transparência às discussões e negociações que são de interesse da classe.
Há diferença entre um comando de greve e um comando de mobilização. Um comando de mobilização é o grupo de trabalhadores que ficam responsáveis por passar em escolas, convocando os demais para a greve.
ATUALIZAÇÃO DO PISO SALARIAL PARA TODOS!
“NÃO” AO PARCELAMENTO!
É este o nosso recado. Não reiniciaremos as atividades no segundo semestre, caso a prefeita não assuma o compromisso de reajustar o salário de todos profissionais da educação em 13,65%.
Não aceitaremos o parcelamento. Mas, para isso, precisamos construir uma greve forte. Temos que ter posturas mais combativas. Atos mais efetivos. Até agora, tem nos servido como estratégia unicamente conversas de gabinetes e negociações à porta fechada.
Coletivo Alternativo de Luta
Oposição Sintep-VG
“Fortalecendo a classe na Cidade Industrial”
“Nossa maior conquista é a vitória da categoria”
VEM PRA LUTA, TRABALHADOR(A)!