O magistério municipal de Curitiba é contra a redução do orçamento destinado à educação! Na reunião do Conselho de Representantes da última quarta-feira (6), a categoria debateu os cortes anunciados pelo governo federal (PT/PMDB) e decidiu reforçar a mobilização contra essas medidas. Somando os valores das duas tesouradas, o Ministério da Educação já perdeu R$ 10,6 bilhões só neste ano!
Medidas de ajuste fiscal afetam áreas sociais e direitos dos trabalhadores
No dia 30 de julho, o governo federal anunciou um novo corte orçamentário que retira mais de R$ 900 milhões da educação. Somado com os valores dos cortes divulgados no mês de maio, o Ministério da Educação já perdeu R$ 10,6 bilhões só neste ano.
A medida afeta o funcionamento das universidades federais, tem gerado a suspensão e atraso no pagamento de bolsas e já prejudica até mesmo o funcionamento de projetos como o Programa Nacional do Livro Didático. A revolta com essa situação vem gerando greves e protestos. Já são 67 universidades e instituições federais de ensino com greve de técnicos-administrativos e 24 instituições com greve de professores.
Diante desse cenário de ataques e corte de direitos sociais, é preciso mobilizar e unir o conjunto da classe trabalhadora para resistir. Só nossa mobilização pode frear as ameaças que buscam resolver a crise econômica gerada pelos empresários às custas do aumento da exploração e da piora das condições de vida da maioria dos trabalhadores.
NENHUM RECURSO A MENOS PARA A EDUCAÇÃO, QUE OS EMPRESÁRIOS PAGUEM PELA CRISE!
O corte de recursos destinados às áreas sociais é apresentado por seus defensores como necessário para ””””””””””””””””equilibrar o orçamento”””””””””””””””” e impulsionar o retorno do crescimento econômico. Entretanto, trata-se na verdade de uma resposta à pressão dos grandes empresários, que tentam empurrar para os trabalhadores os custos de uma crise que eles mesmos produziram. Cobram que os governos cortem direitos e reduzam os investimentos em áreas sociais para garantir, a qualquer custo, a lucratividade e segurança dos seus capitais.
Prova disso é que o corte com gastos sociais é rapidamente engolido pelos gastos com o pagamento de juros. Apenas em março de 2015, o governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) gostou mais de R$ 62,231 bilhões com pagamento de juros, 1,6 vez mais do que os recursos cortados nas três áreas no final de julho.