Trabalhadores nos Correios no Paraná aderem a greve nacional unificada

Por SINTCOM/PR

 

greve pr adesaoNa noite de ontem (24), os trabalhadores nos Correios do Paraná votaram pela adesão à greve nacional, que agora soma 20 bases sindicais paralisadas, incluindo as maiores, São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. A decisão foi tomada em assembleias realizadas em Curitiba, Londrina, Ponta Grossa, Foz do Iguaçu, Maringá, Cascavel e Apucarana. A maioria votou pela greve por tempo indeterminado.  É GREVE NACIONAL UNIFICADA! Contra o arrocho salarial e retirada de direitos!

 

Além da adesão à greve, os trabalhadores votaram contra a criação de novas modalidades de plano de saúde; rejeição à quebra de isonomia da categoria e repúdio ao secretário geral da Fentect (Talibã) pelo desrespeito ao estatuto da Federação.

 

 

 

 

Ataques

Os trabalhadores dos Correios estão fazendo uma greve  forte e histórica, com a participação da maioria da categoria pelo Brasil! A maior parte dos trabalhadores do país rejeitou a proposta do TST/ECT, e para tentar barrar este movimento, na última semana a ECT anunciou novos ataques: acabou com esta proposta e entrou com pedido de dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho – TST.

 

O objetivo do dissídio é tentar empurrar para toda a categoria uma proposta de miséria ainda mais agressiva, que prevê reajuste de apenas 3% a partir do julgamento do dissídio e 3% em fevereiro e que continua prevendo a cobrança e retirada de dependentes do plano de saúde.

A minuta do dissídio também prevê novos ataques, como a quebra da isonomia com direitos diferenciados para os novos trabalhadores, como redução do adicional noturno de 60% para 20%, não permissão de atestado de acompanhante e outras medidas que, inicialmente, afetarão os novos concursados.

 

Reivindicações

A categoria protesta contra a inclusão, no Acordo Coletivo de Trabalho, de uma nova modalidade de plano de saúde, que prevê cobrança de mensalidade de até 12,98% sobre o salário bruto e exclusão de dependentes. Os trabalhadores reivindicam também a incorporação da Gratificação de Incentivo à Produtividade – GIP, no valor de R$200; correção linear de 12% da GIP; reajuste das perdas salariais desde 1994, no valor de 22,72%; aumento salarial de R$300; correção automática de salários e piso salarial de R$3.377,62, conforme cálculos do DIEESE.

 

Vamos à luta pela recuperação do Correios Saúde!

O Sintcom-PR alertou que ataque da Postal Saúde serviria como base para que a ECT tentasse aplicar um novo golpe contra a categoria, com a criação de novas modalidades de planos. E é isso que estamos vendo agora, com a tentativa da ECT criar o Postal Mais Saúde, que prevê cobranças de até 12,98% sobre nosso salário bruto e retirada de dependentes!

O Correios Saúde ainda é nosso plano de saúde e as regras se mantêm: mesmos dependentes, mesma coparticipação, sem mensalidade. Mas o Plano piorou muito, por quê? A piora do atendimento é uma estratégia da ECT para forçar a migração individual dos trabalhadores para esse novo plano. Mas a empresa só conseguirá criar esse novo plano se os trabalhadores aceitarem mediante assinatura de Acordo Coletivo!

 

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