As ocupações de estudantes secundaristas de São Paulo mostram que os estudantes estão em luta contra a reorganização imposta pelo governo – que visa reduzir custos na manutenção das escolas, precarizando ainda mais o ensino. E mais do que isso, também estão dispostos a uma outra educação: a promovida pela luta. Filhos da classe trabalhadora, desde já, estão aprendendo que nossa classe precisa se por em movimento contra o capital e seu estado.
A partir dos locais de estudo, independente do Estado e autônoma às organizações governistas que atuam no movimento estudantil, os filhos da classe trabalhadora vão a luta. Sem esperar a direção das entidades já burocratizadas como a União Paulista de Estudantes Secundaristas (UPES) ou a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), os estudantes tomaram as rédeas do movimento e se organizam coletivamente com estudantes de diferentes escolas. É o que diz uma das faixas EE Fernão Dias: ESTUDANTES PELOS ESTUDANTES. Ela deixa claro a necessidade desses “trabalhadores em formação” se organizarem com autonomia e independência, contra aqueles que querem “fazer em nosso nome” para depois se colocarem contra a classe.
A luta não é restrita aos alunos da EE Fernão Dias, EE Diadema (Diadema), EE Salvador Allende, EE Heloisa Assunção (Osasco), EE Castro Alves e EE Valdomiro Silveira (Santo André), ela pertence ao conjunto dos estudantes e de toda a comunidade escolar.
Lutar por uma educação que atenda aos interesses da classe trabalhadora é colocar em xeque o projeto de formação de trabalhadores proposto pelo capital e seu estado. É fazer da escola, uma escola de luta!
Todo apoio a luta dos estudantes contra a reorganização do ensino imposta pelo governo do Estado!