Estudantes das escolas estaduais e técnicas de SP paralisam escolas e realizam ato unificado em Luta por Merenda e contra os ataques do Governo Alckmin

Com informações do O Mal Educado e Secundaristas em Luta São Paulo

NOTA DOS ESTUDANTES OCUPANTES DO CENTRO PAULA SOUZA

Hoje, 28 de abril de 2016, ocorreu o 2° ato unificado das ETEC’s e das escolas estaduais. Este saiu do MASP, foi até a secretaria de educação e chegou ao Centro Paula Souza com apoio popular. Nos reunimos pois acreditamos que a situação da educação no Brasil é precarizada e esquecida há tempos.

Os estudantes secundaristas vivem essa realidade na pele todos os dias. Como estudar numa escola que não possui todos os materiais didáticos disponíveis? Sem impressoras, sem infraestrutura, sem merenda e com gastos abusivos? 

Como o ato é unificado, nos direcionamos à secretaria da educação e depois ao Centro Paula Souza para pressioná-los e para que eles ouçam nossas reivindicações. Não acreditamos nessa divisão administrativa que fazem de nós e temos consciência de que a luta é uma só. 

Após a chegada ao Centro Paula Souza tiramos em assembleia a entrega de nossas reivindicações à diretora superintendente Laura Laganá. Sentimos a necessidade de dialogar diretamente com ela e não através de representantes, manifestos, cartas ou afins. 

Como essa solicitação, mais uma vez, não foi atendida, decidimos ocupar o prédio do CPS e sofremos repressão da polícia com spray de pimenta, gás lacrimogêneo e agressões físicas durante a ação. É importante ressaltar que essas medidas foram tomadas contra manifestantes, em sua maioria, ESTUDANTES MENORES DE IDADE. 

Decidimos refazer uma assembleia às 17 horas da tarde para avaliarmos a condição de permanência. Nossa reivindicação imediata é que enquanto não seja encaminhado a construção de restaurantes estudantis em todas as etec’s (o que garante nossa alimentação de qualidade para permanecermos o dia todo em aulas no colégio) que o Centro Paula Souza garanta vale-refeição para todos os estudantes se alimentarem.Ocupamos pois acreditamos que apenas com uma organização vinda dos de baixo, conseguimos estremecer o poder dos de cima.

Não só os estudantes, mas também todos os trabalhadores estão sofrendo com a crise. Ao invés de tirar de quem já tem muito, escolhem tirar o pouco conquistado por nós através de lutas históricas. E sabemos que os cortes atingem âmbito nacional. A luta de hoje é para assegurar os mínimos direitos que temos e garantir os deveres do Estado que não nos são assegurados.

Viemos por meio desta nota pedir apoio. E como todos estão sofrendo com os cortes federais, estaduais e municipais que todos entrem na luta contra os mesmos. Todo apoio a qualquer greve! É preciso lembrar que a luta é internacional: todo apoio aos estudantes do Chile que estão reivindicando educação gratuita de qualidade.