Por Sindicato dos Servidores Estaduais da Saúde do Paraná
Depois de 32 anos de trabalho como enfermeira no Hospital Regional da Lapa São Sebastião – HRLSS, Sibila Moreira Scheffer se aposentou por tempo de contribuição. Mas essa caminhada foi marcada também pelo descaso do governo. Sibila contraiu duas vezes tuberculose por falta de proteção no ambiente de trabalho. A servidora entrou com ação judicial e foi vitoriosa.
Base – A assessoria jurídica utilizou no processo o argumento que o HRLSS não fornecia equipamento de proteção individual e que não havia condições adequadas de atendimento em unidade hospitalar que tratava doença infectocontagiosa.
O caso de Sibila é um entre tantos outros que ocorrem pelas unidades próprias da Sesa, que não provê o mínimo de proteção. Na semana que passou, o SindSaúde enviou ofício à Sesa para manifestar a preocupação. Novamente com o HRLSS. Isso porque há mais um caso comprovado de tuberculose em servidor lá mesmo. Esse servidor atuava em área administrativa. Porém, seu ambiente de trabalho localizava-se sob a ala de tisiologia masculina,recinto que apresenta condições baixíssimas de ventilação.
O Sindicato argumentou diante dos sucessivos casos de adoecimento dos trabalhadores em função do ambiente e do processo de trabalho, a direção reivindicou que fosse agendada reunião com a presença da Vigilância em Saúde, do Grupo de Recursos Humanos Setorial, da direção do Hospital Regional da Lapa São Sebastião e demais setores pertinentes da estrutura da Sesa, assim como da Divisão de Medicina e Saúde Ocupacional/Perícia Médica – DIMS – com a máxima urgência.
Requereu ainda a apresentação, já na reunião, de um plano efetivo de controle do ambiente e de todos os dispositivos existentes para que haja a prevenção, buscando evitar que outros trabalhadores adoeçam. E, por último, a emissão o nexo causal do servidor, que já possui o laudo médico de tuberculose e comunicado de acidente de trabalho.
Tudo igual – A incidência de casos de tuberculose em trabalhadores no Hospital Regional São Sebastião é um problema de saúde que o Estado tem de enfrentar. Mas não podemos esquecer que nas demais unidades também há não tem uma política integral de atenção à saúde do trabalhador, que inicia com ações de proteção a saúde. Essa omissão do Estado tem contribuído decisivamente para os servidores adoecerem no trabalho.
Pressão – Não podemos esperar sentados que a Sesa tome as medidas para proteger dos trabalhadores. Temos de pressionar. Venha para o Dia da Revolta! 15 de junho, às 8h30, em frente à Sesa!