Por Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão no Estado de São Paulo
Campanha Salarial
Na última quinta-feira, dia 09 de junho, o Sindicato dos Radialistas se reuniu com o Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão para dar continuidade às negociações coletivas desse ano.
Na reunião se esperava a resposta dos patrões a contraproposta feito pelo sindicato, sujeita a aprovação em assembleia. E a resposta dos patrões veio mesmo, mais em forma de chacota. A contraproposta que foi apresentada é pior do que aquela que nos foi apresentada na primeira reunião.
Para se ter uma ideia, a clausula relativa a escala de folga e trabalho que atualmente já não atende as necessidades dos trabalhadores, foi acrescentada um parágrafo permitindo a flexibilização. Ou seja, os patrões teriam a possibilidade de não cumprir o que já é ruim. A cláusula da diária da viagem abre possibilidade para o não pagamento desse direito. Os patrões ainda querem limitar a ação e o trabalho do Sindicato pretendendo legalizar a ilegal limitação do número de dirigentes sindicais.
Os patrões afirmam nas reuniões que estão dispostos a continuar negociando fazendo reuniões infinitas. Entretanto, o que se pergunta é: pretendem negociar o que? A retirada de direto dos trabalhadores?
A estratégia que vem sendo utilizada na nossa campanha salarial foi a mesma utilizada com os trabalhadores jornalistas, cuja data base é dezembro e até hoje não foi dada nenhuma solução.
Para os jornalistas, os patrões pretendem dar 50% da inflação, sem contar esses meses já passados, em audiência realizada no TRT, mantiveram essa proposta indecente, certos de que o processo será extinto situação que deixará os jornalistas sem qualquer reajuste salarial.
Embora existam outras empresas presentes as reuniões de negociação do sindicato patronal aqueles que a encabeçam são representantes da GLOBO e da RECORD, empresas essas cujo faturamento só fez aumentar em 2015.
A GLOBO se beneficia da crise que ajudou a criar e a RECORD com centenas de demissões de trabalhadores e o processo de terceirização ilegal que instituiu.
Para a diretoria do Sindicato dos Radialistas o único instrumento capaz de frear as investidas dos patrões, manter os direitos já conquistados nos últimos anos e avançar nas negociações é a GREVE.
Por isso, chamaremos assembleias em todas as regionais e na Capital não apenas para submeter a contraproposta que foi apresentada pelo sindicato aos patrões como também para aprovar o movimento grevista.
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