COMUNICADO DO SINDICATO DOS SAPATEIROS DE FRANCA/INTERSINDICAL
O Sindicato dos Sapateiros de Franca vem através deste comunicado revelar o que a empresa Carmen Steffens tenta esconder da sociedade, atrás da falsa argumentação de que necessita reduzir os salários por estar em crise.
A Carmen Steffens possui hoje 550 lojas e está presente em 18 países. O plano da empresa é chegar a 2 mil lojas com presença em 35 países. Sua receita bruta aumentou em 25% no ano de 2015.
Para tentar impor a redução salarial, a empresa recorre à crime contra a livre organização sindical. O que foi noticiado como um movimento dos trabalhadores, na realidade foi uma ação imposta pela Carmem Steffens que coagiu os sapateiros, obrigando-os a assinarem lista e irem para porta do Sindicato para tentar obrigar a realização de uma assembleia para aprovação da redução salarial imposta pela empresa.
A Carmen Steffens já demitiu somente esse ano mais de 300 sapateiros e sua intenção é reduzir os salários para na sequência da suposta estabilidade no emprego demitir ainda mais.
O Sindicato já está encaminhando denúncia à Organização Internacional do Trabalho (OIT) denunciando a prática anti-sindical da empresa que tenta intervir na entidade sindical para impor a redução salarial, bem como os processos contra as demissões discriminatórias efetuadas pela empresa. Além disso, estamos encaminhando as devidas ações judiciais sobre a prática fraudulenta de terceirização realizada pela Carmen Steffens, prática essa recorrente e que desrespeita a legislação vigente.
O presente comunicado também foi traduzido para os vários idiomas dos países onde a Carmen Steffens tem loja instaladas e daremos ampla divulgação internacional sobre o ataque que a direção da empresa tenta impor contra os trabalhadores.
O Sindicato dos Sapateiros de Franca/Intersindical reafirma que está disposto a discutir propostas que visem a garantia de estabilidade no emprego, desde que não ataque os salários e direitos dos trabalhadores. Não vamos aceitar a chantagem da empresa que atravessa as fronteiras do país à custa do aumento da exploração dos trabalhadores.
Communiqué du syndicat des travailleurs de la chaussure de Franca (São Paulo – Brésil) / Intersindical
Par ce communiqué, le syndicat des travailleurs de la chaussure de Franca (São Paulo – Brésil), dénonce l’argumentation mensongère de l’entreprise Carmen Steffens (entreprise de luxe Brésilienne), qui prétend devoir réduire les salaires à cause d’une situation de crise.
“Carmen Steffens” possède aujourd’hui 550 boutiques et est présente dans 18 pays1. L’entreprise vise l’objectif de 2000 boutiques à travers 35 pays. Son chiffre d’affaires brut a augmenté de 25% en 2015.
Dans sa tentative d’imposer des réductions de salaires, l’entreprise a utilisé des moyens criminels contre les droits des organisations syndicales. On a présenté comme un mouvement des travailleurs une action qui a été en fait imposée par Carmen Steffens, laquelle a contraint les travailleurs, les obligeant à signer une pétition demandant l’organisation d’une assemblée qui puisse ainsi approuver la réduction de salaire imposée par l’entreprise.
Carmen Steffens a déjà licencié cette année plus de 300 travailleurs et son intention est de réduire les salaires, pour ensuite, avec l’argument de la stabilité de l’emploi, licencier encore plus.
Le syndicat s’est mobilisé pour déposer une plainte auprès de l’Organisation internationale du Travail (OIT), dénonçant la pratique anti-syndicale de cette entreprise qui essaie d’intervenir au sein des instances syndicales pour imposer une réduction salariale, ainsi que la pratique de licenciements ciblés effectués par cette entreprise. Par ailleurs, nous entamons les actions judiciaires adéquates, contre les pratiques frauduleuses de sous-traitance effectuées par Carmen Steffens, pratiques récurrentes et contraires à la législation en vigueur.
Ce communiqué a été traduit dans les diverses langues des pays où Carmen Steffens possède des boutiques et nous dénoncerons largement au plan international les attaques que la direction de l’entreprise tente d’imposer contre les travailleurs.
Le syndicat des travailleurs de la chaussure de Franca/Intersindical réaffirme qu’il est disposé à discuter des propositions visant à garantir la stabilité de l’emploi, à partir du moment où elles n’attaquent pas les salaires et droits des travailleurs. Nous n’accepterons pas le chantage de l’entreprise qui s’étend au-delà des frontières du pays au prix de l’aggravation de l’exploitation des travailleurs.
Août 2016
1 En France, Cannes, Marseille, Nice, Aix-en-Provence