Seguindo a lógica da “livre negociação” entre patrão e empregado, veremos mais um caso prático onde isso é quase uma realidade: as trabalhadoras e trabalhadores terceirizados na caesb. Onde os sindicatos dessas categorias, nada, ou, pouco fazem junto à suas bases. Onde as direções sindicais (em sua maioria presidencialista) agem em conluio com os patrões ou simplesmente são inertes, como se não existissem, servindo apenas como mais um aparelho para sugar a classe trabalhadora.
Há cerca de três meses que terceirizados da ECC (empresa de construção civil a serviço na Caesb), nossos camaradas de classe, sofrem com atrasos nos tickets alimentação/refeição e vale transporte. Como se os empresários já não transbordassem bastante seus bolsos pagando baixos salários e impondo péssimas condições de trabalho, os trabalhadores tiram passagens do arroz e feijão de suas famílias, tendo que pagar para trabalhar, se endividando e passando por dificuldades. Até ameaças covardes de demissão estão presentes na rotina dessas categorias – uma realidade tambem na ECC.
Apesar de corriqueiras, tais práticas são, ainda, ilegais. Entretanto estão em vias de legalização, com a lógica da “livre negociação”, e somando-se à generalização da terceirização. Isso tudo aliado às ameaças de demissão, o que não proibido uma vez que esses trabalhadores não conquistaram estabilidade de emprego. Está pronta a receita:
– As direções sindicais pelegas não lutam junto à base contra esses ataques, ficando à cargo dos trabalhadores negociarem livremente com os patrões se aceitam, calados, tais imposições ou se vão pra rua.
Isso é uma realidade ilegal que, sem luta, se tornara uma realidade legalizada!
Por isso empresários, governos e direções de estatais empunham a famigerada frase “terceirizar é melhor”. Melhor para quem? Para quem já tem fortunas, mas não para o trabalhador.
Precisamos prestar solidariedade de classe e nos juntar às trabalhadoras e trabalhadores da ECC reivindicando uma solução para esse problema. Caso contrário, teremos um novo “caso Planalto” na Caesb, quando, durante meses, colegas terceirizados ficaram sem reajuste salarial já garantido, com atraso de benefícios, demissões arbitrárias… que ate hoje se encontra na justiça em diversas instancias.
Por força da legislação, a Caesb é responsável subsidiária por esta situação e poderá ser punida, também, caso essa situação de mais ataques aos terceirizados permaneça. E isso requer uma ação imediata de gestão e fiscalização do contrato!
A categoria, juntamente com seu sindicato e os trabalhadores da ECC, deve pressionar, de todas as formas, o fim desse absurdo!
UNIDOS SOMOS MAIS FORTES!