AO INVÉS DE ESTAR NA CONSTRUÇÃO DA GREVE GERAL PRA VALER, MAIORIA DAS CENTRAIS SINDICAIS SE SUBMETE AOS INTERESSES DO CAPITAL

A serviço dos patrões, o governo Temer/PMDB e a maioria do Congresso Nacional aprovaram a reforma trabalhista – que é a reforma das reformas para o Capital pois significa novas condições para que os patrões reduzam salários e direitos, imponham jornadas cada vez piores precarizando ainda mais as condições de trabalho.

Com sua reforma trabalhista, os patrões conseguiram tornar mais distante as chances dos trabalhadores se aposentarem. Ou seja, com as alterações da jornada de trabalho e a possibilidade de mais redução salarial, é trabalhar até morrer, e se conseguir chegar ao tempo necessário para aposentadoria é ter que continuar a trabalhar para não morrer de fome.

O Capital mandou e o governo Temer obedeceu: para garantir esse massacre o que falta é o aumento da idade para aposentadoria e ampliar a dificuldade para que os trabalhadores tenham acesso a direitos básicos da Previdência.

Para enfrentar esse brutal ataque, não adianta apenas decretar a data. É preciso construir a greve geral pra valer:

A maioria das centrais sindicais no Brasil infelizmente não estão empenhadas de fato na ampliação da mobilização para impedir a efetivação da reforma trabalhista dos patrões e a aprovação da reforma da Previdência.

Pois durante as últimas décadas essas centrais sindicais, nos lugares onde estão, há tempos já se submeteram aos interesses do Capital, aceitando a redução de salários e direitos. Sua preocupação de fato com a reforma trabalhista está no fim do imposto sindical e nada mais.

O desrespeito à classe trabalhadora e a subserviência aos interesses patronais é tanta que num intervalo de menos de quinze dias chamaram e cancelaram o chamado de greve geral para o próximo dia 05.

Dizer que o cancelamento foi por causa do adiamento da votação da reforma da Previdência é puro blefe, pois motivos não nos faltam para lutar: adiar não significa cancelar a reforma da Previdência e,  mais do que isso, a reforma trabalhista dos patrões já está sendo colocada em prática em vários locais do país.

Portanto, sem ilusões que a burocracia instalada nessas centrais sindicais vá se mover para construir a greve geral, nós seguiremos empenhados em construir calendários unitários de mobilização que extrapolem as cercas das categorias e se fortaleçam para necessária greve geral no Brasil, única forma de impedir o massacre aos diretos trabalhistas.

No dia 05 de dezembro seguiremos onde devemos estar: junto aos trabalhadores, mostrando o real significado das reformas impostas pelo Capital e a necessidade de ampliar em cada local de trabalho, estudo e moradia a mobilização à altura da greve geral, única forma de barrar esse brutal ataque a classe trabalhadora.