Os trabalhadores na Argentina estão em luta contra os ataques do governo Maurício Macri que, a serviço do Capital, impôs sua reforma da Previdência que aumentará ainda mais o arrocho e a miséria, ao impor modificações nos cálculos de reajuste nos valores das aposentadorias e pensões que irão reduzir os devidos reajustes.
As últimas duas semanas foram de intensa mobilização, a greve geral teve a participação de milhares de trabalhadores das mais diversas categorias e tomou as ruas de Buenos Aires.
O governo, para tentar conter o movimento, mandou seu braço armado atacar: bombas, tiros, centenas de trabalhadores feridos e presos. Esse foi o resultado da ação da Policia Militar, mas a luta não acabou.
O governo impôs a reforma da Previdência, que foi aprovada por um Congresso servil aos interesses do Capital e agora Macri tenta impor ainda nesse ano a reforma trabalhista dos patrões, que tem o mesmo objetivo da reforma de Temer: reduzir salários e massacrar os direitos trabalhistas.
O que acontece na Argentina é mais uma demonstração de que a ação do Capital não tem fronteiras. Para manter e ampliar seus lucros a fórmula é a mesma: através dos Estados nacionais, sob qualquer forma de governo, atacam os direitos, os salários dos trabalhadores, espalham a violência e a miséria.
E o caminho a seguir, seja aqui no Brasil ou em qualquer outro lugar para enfrentar esse ataque, segue sendo o que estão fazendo nossos irmãos de classe na Argentina: lutar. Só a indignação não basta, é preciso colocá-la em movimento, só parando a fonte de lucro do Capital, avançando para a greve geral, é que vamos impedir a implementação nos locais de trabalho da reforma trabalhista dos patrões e a aprovação da reforma da Previdência.
Se as fronteiras das nações tentam nos dividir, a nossa luta como classe trabalhadora contra os ataques do Capital e seus Estados nacionais nos une.