O Sindicato dos Trabalhadores Têxteis de Blumenau dá exemplo de resistência e luta contra os ataques dos patrões que tentam através de sua reforma trabalhista acabar com direitos, diminuir salários e aumentar as demissões.
Desde a aprovação pelo Congresso Nacional e pelo governo da reforma trabalhista, o setor patronal na região do Vale do Itajaí/SC tenta retirar da Convenção Coletiva dos Trabalhadores Têxteis de Blumenau e região, a cláusula que impede a terceirização da produção.
Desde de 2017, o Sindicato junto com os trabalhadores segue firme na mobilização contra a retirada dessa cláusula. Assembleias com atraso na produção, mobilização na maioria das fábricas em Blumenau, Gaspar e Indaial é o que tem garantido que a terceirização não venha para a produção e tem garantido também que os direitos da Convenção Coletiva de Trabalho sejam respeitados.
O oportunismo que ajuda os patrões: na eleição para a diretoria do Sindicato em 2016, duas chapas se inscreveram contra a Chapa da atual diretoria, a patronal investiu para que uma dessas chapas ganhassem, mas foi derrotada, porque a categoria se colocou em movimento para garantir que o Sindicato continuasse a ser o instrumento de defesa e luta dos trabalhadores.
Uma das organizações que embora não tenha conseguido inscrever chapa para eleição, torceu pelas chapas patronais, essa mesma organização de vez em quando aparece com um informativo na categoria atacando a diretoria do Sindicato.
O conteúdo de seu boletim mostra o desrespeito aos trabalhadores, pois o tal informativo da CSP-Conlutas reclama que a Campanha Salarial ainda não acabou e cobra da diretoria do Sindicato a presença nos locais de trabalho.
Onde essa turma da CSP Conlutas está em Blumenau? Certamente não estão nos locais de trabalho, pois se estivessem, veriam que o Sindicato não arreda o pé de estar nas fábricas mobilizando a categoria contra a terceirização. Se essa turma de fato estivesse no trabalho de base, veria que o Sindicato está nas madrugadas, tardes e noites nas portas das fábricas mobilizando os trabalhadores contra a proposta dos patrões de impor a terceirização e a retirada de direitos.
Se estivessem na luta da categoria, esses oportunistas que falam muito, mas fazem bem menos do que falam, saberiam que a Campanha Salarial de 2017 e 2018 ainda não fechou, porque o Sindicato segue firme defendendo os trabalhadores. Encerrar a Campanha Salarial aceitando a terceirização, seria entregar os direitos e os empregos da categoria.
Se estivessem presentes na luta da categoria, saberiam que os trabalhadores juntos com o Sindicato realizaram assembleia geral no dia 1֩ de dezembro em que decidiram por unanimidade dizer NÃO à proposta patronal. Portanto a Campanha Salarial segue e a luta em defesa dos direitos e contra a terceirização se fortalece.
Repudiamos ações oportunistas de organizações que se dizem defensoras dos trabalhadores, mas atacam Sindicatos de luta, como fez a CPS-Conlutas em Santa Catarina ao atacar o Sindicato dos Têxteis de Blumenau. Exigir o fim da Campanha Salarial nos Têxteis de Blumenau é fazer coro com a patronal que quer acabar com a Campanha Salarial acabando com direitos.
Onde está a CSP Conlutas em Blumenau? Certamente, longe dos trabalhadores e de suas lutas.
A luta dos têxteis em Blumenau é a mesma luta que os Sindicatos dos Metalúrgicos de Campinas, Limeira, Santos e São José dos Campos têm feito no estado de São Paulo, que desde 2017 também não tem Convenção Coletiva assinada principalmente no setor de autopeças porque os patrões querem retirar direitos, como a cláusula que garante estabilidade de emprego até a aposentadoria aos trabalhadores vítimas de acidente e doenças provocadas pelo trabalho que tenham deixado sequela permanente.
A Intersindical segue firme com o SINTRAFITE , juntos com os trabalhadores na luta contra a terceirização, na luta em defesa dos direitos, do emprego e por mais salários e melhores condições de trabalho.
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