Os trabalhadores municipários de Porto Alegre iniciaram uma greve na segunda-feira (25/3), estão em luta contra o Projeto de Lei Complementar do Executivo (PLCE) 002/2019, na Câmara de Vereadores. Este Projeto já havia sido derrotado no ano passado e, agora, foi reeditado pelo governo.
A categoria protestou sob forte repressão da Polícia de Choque da Brigada Militar e Batalhão da Especial Guarda Municipal, que se utilizou da violência contra os trabalhadores, ferindo diversas pessoas com bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta, balas de borracha e cassetetes. Pouco mais de 100 manifestantes conseguiram acesso ao plenário e milhares permaneceram na rua, ocupando as avenidas.
Na madrugada de terça-feira (26/3), os vereadores aprovaram, com 24 votos favoráveis e 12 contrários, o PLCE nº 002/19 e a Mensagem Retificativa que alteram o Estatuto dos Funcionários Públicos do Município de Porto Alegre (Lei Complementar nº 133, de 31 de dezembro de 1985), o que significa um grande ataque aos direitos do funcionalismo público.
O PLCE 002 impõe um grande ataque aos servidores e à população trabalhadora de Porto Alegre, que vai perder na qualidade dos serviços públicos. O projeto acaba com a carreira dos servidores da Prefeitura e impõe perdas de até 60% na remuneração dos trabalhadores.
Os trabalhadores do serviço público de Porto Alegre decidiram suspender a greve a partir de quarta-feira, 27/03, mas a luta continua, pois, a assembleia geral decidiu manter o estado de greve e o fortalecimento da mobilização dos servidores contra os ataques de Marchezan e dos vereadores.
A INTERSINDICAL – INSTRUMENTO DE LUTA E ORGANIZAÇÃO DA CLASSE TRABALHADORA ESTÁ PRESENTE NA CATEGORIA, QUE RESISTE FRENTE AOS ATAQUES DO GOVERNO DO PSDB. ESTA FOI APENAS UMA BATALHA. CONTINUAREMOS NAS TRINCHEIRAS LADO A LADO COM A CLASSE TRABALHADORA, CONTRA O GOVERNO E EXIGINDO QUE O SINDICATO AVANCE NA ORGANIZAÇÃO DA LUTA.