Na manhã de 18 de julho, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, fazia uma manifestação próximo ao acampamento Marielle Vive na cidade de Valinhos, interior de São Paulo quando foram brutalmente atacados por um daqueles que se somam ao ódio destilado pelo governo Bolsonaro contra os trabalhadores.
A manifestação que contava com homens e mulheres trabalhadores, idosos e crianças distribuía alimentos produzidos no acampamento e também um panfleto em que denunciavam a ausência de serviços públicos básicos, como fornecimento de água para as famílias que moram nessa ocupação.
O motorista assassino que foi preso no final da tarde avançou com sua caminhonete contra os trabalhadores, feriu dezenas e matou Luiz Ferreira Costa de 73 anos. Quando os trabalhadores buscavam se aproximar para registrar a placa do veículo, o assassino tentava retirar a placa do carro e ameaçou os manifestantes com arma de fogo.
Tanto a Polícia Militar, como a Guarda Municipal assim que chegaram no local estavam mais preocupadas em acabar com a manifestação do que buscar o assassino, mais um exemplo de que a repressão do Estado está a serviço de atender os interesses daqueles que se enriquecem, atacando os direitos e a vida da classe trabalhadora.
Luiz, um trabalhador que lutava por terra e trabalho para garantir uma vida melhor para seus filhos e netos foi assassinado, mais um trabalhador que é vítima da política e negligencia dos governos que a serviço do Capital são coniventes com mais essa violência que mata. Tanto o governo municipal do Prefeito da cidade Orestes Previtale do PSB, o governo do estado de João Dória do PSDB e governo federal de Bolsonaro/PSL são mais do que cumplices, em mais esse crime contra os trabalhadores.
Mais do que nossa solidariedade ativa à família de Luís e às milhares de famílias que lutam por terra, trabalho e dignidade, é na ampliação da luta do conjunto dos trabalhadores que vamos barrar os ataques aos direitos e a vida da classe trabalhadora.