UM GOVERNO QUE ODEIA OS POBRES, QUE ODEIA A CLASSE TRABALHADORA

Na semana seguinte em que distribuiu mais de R$40 milhões para que deputados votassem a favor do fim da aposentadoria e de tantos outros direitos que estão na Seguridade, Bolsonaro destila mais ódio contra os trabalhadores.

O presidente saudoso da ditadura militar, capacho do Capital, novamente mostrou o que defende. Em entrevista a jornalistas internacionais, Bolsonaro simplesmente passou por cima da cruel realidade e afirmou que ninguém passa fome no Brasil.

Esse é o boçal presidente, que simplesmente fecha os olhos para dados que mostram que mais de 5 milhões de pessoas no Brasil no ano de 2018 ficaram sem ter o que comer, que mais de 50 milhões estão abaixo da linha da pobreza, que seres humanos vagam pelas ruas sem ter o que comer e onde morar, não por opção, mas porque são vítimas da extrema miséria produzida pela desigualdade social.

Para aprofundar ainda mais a desigualdade, Bolsonaro segue em sua cruzada contra os direitos dos trabalhadores. Como um capacho do Capital, novamente afirmou que ser patrão no Brasil é muito difícil e criticou a multa de 40% do FGTS que os patrões são obrigados a pagar quando demitem.

Ele, que apoiou a reforma trabalhista dos patrões e quer aprofundá-la, novamente passa por cima da realidade e finge não ver que essa reforma não só manteve, como ampliou as demissões. Os patrões contratam e demitem com maior facilidade, rebaixam direitos e salários e o resultado disso é mais arrocho, menos direitos, mais miséria e fome sim.

Na maioria dos lares, é muito difícil não encontrar alguém da família que não esteja desempregado, quem está empregado não consegue pagar as contas, pois os salários a cada ano estão mais arrochados e se a desumana reforma da Previdência for aprovada de fato, o abismo da desigualdade social se aprofundará.

Bolsonaro diz que está preocupado com a família brasileira, por isso controlará até os filmes nacionais que recebem financiamento público. Com seu discurso hipócrita e conservador o que Bolsonaro quer é esconder a história e a realidade de um Brasil em que crianças e jovens ainda morrem vítimas da fome e da violência do Estado, a história de um país em que trabalhadores morreram e ainda morrem lutando por seus direitos.

A única família que de fato Bolsonaro se preocupa é com a sua própria família, tanto que para justificar a injustificável indicação de seu filho Eduardo Bolsonaro para a embaixada dos EUA, afirmou que quer dar sim um “filé mignon” para seu filho.

Esse é o presidente que se refere aos nordestinos com preconceito e que bate continência para o governo americano de Donald Trump. Esse outro boçal que Bolsonaro tanto admira, enquanto ele vomitava seu ódio de classe aqui, Trump nos EUA usava a repressão do Estado para prender ativistas de Direitos Humanos, padres e freiras que protestavam em frente ao Senado americano denunciando as prisões e mortes de imigrantes e seus filhos, a grande maioria crianças vítimas da política segregacionistas do governo americano.

Bolsonaro desrespeita a inteligência dos trabalhadores, com sua ignorância funcional e servil ao Capital; suas declarações contra a esquerda, às Organizações de luta e defesa da classe trabalhadora tem um objetivo: tentar destruir a resistência e a luta dos trabalhadores para aprofundar a retirada de direitos, concentrar a riqueza nas mãos dos patrões e aprofundar a miséria.

A cada ato e declaração desse governo, a indignação aumenta, agora é hora de transformá-la em movimento, pois é no avanço da luta do conjunto da classe trabalhadora que conseguiremos impedir que o massacre contra os pobres e os trabalhadores que esse governo pretende fazer se concretize.