Na semana passada, a ministra pastora do governo Bolsonaro, soltou mais um absurdo que demonstra o desrespeito com as crianças e mulheres vítimas da violência.
Damares Alves foi até o Pará e afirmou mais um absurdo: disse que as meninas que são vítimas de violência sexual, o são porque não têm calcinhas, e sugere a instalação de fábricas de calcinhas para combater a violência a que essas crianças são submetidas.
A declaração de Damares, tal qual as sucessivas falas misóginas de Bolsonaro, não são apenas absurdos que saem da boca de imbecis desprovidos de um mínimo de conhecimento da dura realidade em que a grande maioria da população vive, elas revelam a concepção de um governo que odeia os mais pobres, as mulheres, os negros e homossexuais.
A fala de Damares, na Ilha de Marajó, mais uma vez tenta passar por cima da realidade e manter a impunidade contra estupradores e a situação de miséria que vivem meninas de 11, 12 anos jogadas nas mãos do tráfico sexual.
Ao invés de políticas públicas que protejam as crianças e suas famílias da miséria e da violência sexual, o governo é conivente com a impunidade e busca naturalizar a violência.
Lutar pela vida das meninas do Marajó, é lutar em defesa dos filhos de nossa classe que são vítimas da extrema miséria produzida pela desigualdade social que o governo Bolsonaro busca aprofundar com sua política de ataque aos direitos e aos serviços públicos.