De janeiro a agosto de 2019 mais de 1.600 pessoas foram assassinadas no Rio de Janeiro; foram vítimas, na maioria das vezes, das balas do Estado, que de perdidas nada têm.
Adolescentes que iam para o treino de futebol foram assassinados, trabalhador que erguia uma laje foi assassinado, mecânico que buscava a família para comemorar o aniversário da sobrinha foi assassinado, uma jovem mãe foi assassinada carregando seu bebê no colo. Todas vítimas da política do governo Bolsonaro, que tem no Rio de Janeiro um governador que bebe da mesma fonte que ele: exterminar vidas, como se fossem refugo a serem jogados nas covas rasas, como lixo.
O discurso de ódio e preconceito de Bolsonaro espalha violência e morte, além dos que portam as armas do Estado: vigilantes que, mais do que emprego, procuram estar à serviço da repressão defendida pelos patrões e pelo governo, matam e torturam também em supermercados. No início do ano, um jovem negro foi assassinado por um vigilante num supermercado no Rio de Janeiro; em agosto, um jovem foi chicoteado por seguranças de um supermercado em São Paulo.
Bolsonaro responde à violência e à matança contra jovens e trabalhadores defendendo ditaduras genocidas: a resposta de Bolsonaro para a matança é apoiar a matança, proteger os policiais que invadem as comunidades, estimular a violência contra os pobres e mais, defender ditadores genocidas, como Augusto Pinochet, que mandou matar milhares de pessoas no Chile enquanto perdurou por mais de duas décadas sua ditadura.
Foi dessa forma que Bolsonaro tentou fugir de responder o aumento dos assassinatos provocados pelas armas do Estado no Brasil contra os pobres, indígenas, militantes em defesa dos Direitos Humanos; atacou aqueles que foram vítimas da ditadura de Pinochet no Chile que, além de matar o pai da ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet, matou milhares de trabalhadores que lutavam além de liberdade, por melhores condições de vida e trabalho.
Mais do que repudiar as declarações de Bolsonaro, é preciso combater esse governo que quer exterminar os direitos e a vida da classe trabalhadora.