Os servidores de Curitiba entram em greve na próxima segunda-feira (18) em defesa dos planos de carreira, contra a redução salarial e contra a destruição dos serviços públicos. A decisão foi aprovada em assembleia unificada na noite desta quarta-feira (13), que também definiu estratégias para a mobilização da categoria.
A mobilização começa na segunda-feira, com ato a partir das 8h, em frente à Câmara Municipal.
É greve porque é grave! A aprovação da greve é a resposta das servidoras e servidores aos graves ataques que o desgoverno Greca pretende aprovar a toque de caixa na próxima segunda-feira (18), sem qualquer diálogo com os servidores e sem tempo sequer para que os vereadores analisem os projetos. Com o regime de urgência, Greca e sua base de apoio na Câmara de Vereadores pretendem aprovar no prazo recorde de 14 dias o congelamento dos planos de carreira por mais dois anos, a extinção de cargos para avançar na terceirização e a redução salarial ao não repor a inflação e cortar o auxílio-transporte em dinheiro. Além disso, o novo pacotaço de Greca também ataca a liberdade sindical e o direito de organização dos trabalhadores.
Para avançar na preparação da greve, as servidoras e servidores vão intensificar a mobilização nos locais de trabalho, com comissões de mobilização regional e panfletagem para a comunidade em frente às unidades. No feriado e no final de semana, serão realizadas panfletagens para a população no pedágio da rodovia para o litoral.
As ações de mobilização aprovadas na assembleia se somam às iniciativas organizadas pelo SISMUC e pelo SISMMAC desde o início da semana, com anúncio em outdoors, emissoras de rádio e carro de som nas regionais.
A assembleia também aprovou o plano de greve das servidoras e servidores da saúde. Em respeito à legislação de greve, é preciso garantir um percentual de atendimento nas áreas de urgência e emergência.
Pauta de reivindicações da greve
– Recomposição da inflação acumulada do período, conforme pauta protocolada;
– Manutenção do auxílio-transporte pago em pecúnia;
– Contratação via concurso público para recompor o déficit dos servidores em todas as áreas;
– Manutenção das carreiras públicas que o projeto de lei 005.00216.2019 pretende extinguir;
– Contra a terceirização das UPAs;
– Contra o Projeto de Lei 005.00217.2019 que ataca a organização sindical;
– Contra o fechamento das turmas de 6º a 9º ano e contra a contratação via PSS na educação infantil.