É NA LUTA DA CLASSE TRABALHADORA QUE PODEMOS DERROTAR ESSE GOVERNO DA MORTE

Nenhuma ilusão com aqueles que estão a serviço dos patrões para atacar os trabalhadores

Pelos dados oficiais são mais de 4 mil mortes e quase 60 mil pessoas contaminadas no Brasil pelo novo coronavírus, os números são ainda maiores, pois a subnotificação ainda persiste. 

E o que o governo da morte de Bolsonaro tem feito? Potencializado a contaminação, ao ter o desprezível presidente indo para as ruas com sua corja que defende a volta dos períodos mais sombrios que vivemos no Brasil: a ditadura militar que foi financiada pela burguesia para conter a luta dos trabalhadores por melhores condições de vida e trabalho.

No dia 23 foram registradas mais de 400 mortes num dia e o que fala o novo ministro da saúde de Bolsonaro? Que é preciso saber “jogar” com os números, tentando negar que os casos da doença aumentam. Seguindo a cartilha desse governo genocida, o ministro está preocupado em defender os interesses das empresas privadas, busca acabar com o devido isolamento e garantir a “normalização” dos atendimentos na rede privada de saúde, ou seja, nenhuma preocupação com as vidas, mas sim com os lucros dos empresários. 

No dia 24 de abril, o ex-juiz a serviço da burguesia, Sérgio Moro, que enquanto estava à frente da operação lava-jato fez de tudo para garantir julgamentos seletivos, pediu demissão do governo Bolsonaro. O pseudo-herói que atuou pela eleição de Bolsonaro, que foi omisso em todas as denúncias envolvendo o presidente e sua família, como o desvio de verbas públicas através das “rachadinhas”, do envolvimento com as milícias e com disseminação de notícias falsas nas redes sociais, agora sai do governo, dizendo que não “pode manchar sua biografia”. Aquilo que até pouco tempo atrás foi conivente, agora se transformou em artilharia contra Bolsonaro.

São todos farinha do mesmo saco: Bolsonaro e todo seu governo, incluindo o ex-ministro Sérgio Moro, estão à serviço de garantir mais e melhores condições para que a burguesia possa explorar ainda mais os trabalhadores. É para isso que servem também projetos de lei, como o apresentado pelo ex-ministro Sérgio Moro junto com Bolsonaro em que propunham mais mecanismos de repressão contra a luta do dos trabalhadores. Querem ampliar a repressão, para tentar impor seus projetos que precarizam ainda mais as condições de trabalho e vida da classe trabalhadora.

Os parlamentares que dizem defender o isolamento social, são os mesmos que estão aprovando todas as Medidas do governo que atacam os trabalhadores: Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, e Davi Alcolumbre, presidente do Senado, ambos do DEM, encaminharam a aprovação de todas as propostas do governo Bolsonaro que atacam os direitos dos trabalhadores. Desde a reforma da Previdência de 2019, como também as Medidas Provisórias feitas pelo governo Bolsonaro antes e durante a pandemia que diminuem salários, retiram direitos e mantém as demissões dos trabalhadores.

Contra esse governo da morte, a unidade é com que está na luta contra esse governo a serviço do Capital: nós da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora estamos empenhados em construir a unidade de ação com todas as Organizações do movimento sindical e popular para enfrentar esse governo da morte, ações que tenham por objetivo denunciar, enfrentar e derrotar o governo Bolsonaro.

Não compactuaremos com nenhuma atividade em que estarão presentes algozes da classe trabalhadora: a maioria das centrais sindicais chamou para as manifestações do  1º de Maio representantes do Congresso Nacional como Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, do Supremo Tribunal Federal (STF) como Dias Tofolli, e também o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que, quando estava no governo, liderou a ampliação das privatizações, o sucateamento do serviço público e inaugurou uma nova rodada de ataque aos direitos dos trabalhadores com sua  reforma da Previdência.

Essas centrais decidiram isso à revelia da discussão feita no espaço de unidade de ação que incluem outras Organizações do movimento sindical e popular e, para além da ausência de discussão, o mais grave é colocar nos atos do 1º de Maio esses algozes da classe trabalhadora.

No Congresso Nacional, tanto Rodrigo Maia, como Alcolumbre são os responsáveis por encaminhar todas as medidas do governo Bolsonaro que atacam os direitos da classe trabalhadora e, no Supremo Tribunal Federal, a maioria dos ministros compactuou com a MP 936 de Bolsonaro que, além de reduzir os salários e direitos, tenta exterminar o instrumento de defesa dos trabalhadores que são os Sindicatos. Além disso, a maioria que está no Congresso Nacional apoiou a reforma trabalhista do governo Temer/MDB que impôs um dos maiores ataques à classe trabalhadora com a redução de salários, direitos e o aumento das demissões.

Por tudo isso a Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora não fará parte do ato organizado pela maioria das centrais sindicais que contará com a participação desses algozes dos trabalhadores.

Estaremos presentes e na organização dos atos e manifestações que tenham como eixo a luta contra os ataques à classe trabalhadora, com independência em relação aos patrões, governos e seus cúmplices.

Realizaremos manifestações nesse 1º de Maio nas redes sociais, respeitando o devido isolamento necessário para conter a disseminação do coronavírus. Faremos atos regionais com outras organizações, incluindo as centrais sindicais onde o eixo será a defesa dos direitos e que não terão a participação daqueles que estão atacando a classe trabalhadora.

Ao mesmo tempo em que contribuiremos para fortalecer a luta do momento em que nos reencontrarmos nas ruas para derrotar esse governo da morte, construindo a necessária e legitima greve geral.

Já há mais do que fatos e provas materiais para exigir o fim desse governo que vai na contramão de todas as medidas estabelecidas mundialmente para o combate a pandemia, já há fatos e provas que mostram que Bolsonaro passou por cima da Constituição Federal e que quer se impor acima dela. 

Mais do que isso, a permanência de Jair Bolsonaro na presidência da República é mais do que um atentado às liberdades democráticas que com muita luta garantimos, é um atentando contra a vida da população trabalhadora. 

Para colocar para FORA BOLSONARO e todo seu governo é preciso ampliar a luta do conjunto da classe trabalhadora. É nessa luta que estamos empenhados a contribuir para defender os direitos e vida da classe trabalhadora.

Greve geral 1917

1 de maio 2019