Bolsonaro faz parte daquela pequena e asquerosa parte da sociedade que não tem nenhum respeito pela vida. Como deputado foi o retrato da escória que está no Parlamento defendendo a ditadura militar, os esquadrões da morte e as milícias. Como presidente tem feito o que sempre defendeu: ataca direitos da classe trabalhadora, acaba com as poucas políticas públicas em defesa das mulheres, negros, indígenas, LGBTs, e a cada dia avança em sua política genocida de extermínio da vida de milhares de trabalhadores.
O Ministério da Saúde se transformou em mais um bunker de sua política ocupado por militares servis aos seus interesses. Além de não ter ninguém com capacidade técnica para enfrentar essa pandemia que já matou mais de 40 mil pessoas por conta da política do governo, seus milicos sequer têm noções básicas de geografia.
Mas é preciso ir além da triste piada de constatar que seu secretário/ministro da Saúde Eduardo Pazuello nada sabe das estações climáticas nos continentes e se concentrar no que isso retrata: o governo Bolsonaro tripudia sobre a dor de milhões que perderam seus entes queridos, que estão perdendo seus direitos, seus empregos e faz um governo ao gosto das ditaduras financiadas pela burguesia: é preciso de todas as formas, até as maiores aberrações, para esconder a verdade.
A propaganda medíocre e genocida desse governo passa por aberrações como defender o uso da cloroquina, um remédio que estudos científicos já comprovaram que, além de não combater a COVID-19, pode causar mais dano por seus efeitos colaterais, até agitar audiências de seu governo com as vítimas de sua alienação defendendo receitas de alho cru para combater a doença. Mas isso é só o circo de horrores da propaganda desse governo que se alimenta da ideologia fascista para fazer sua agitação, enquanto avança na sua política genocida que extermina direitos, empregos e vidas.
O governo mudou o protocolo da divulgação dos dados sobre as mortes e contaminados pela COVID-19 na semana passada, como constatou que não conseguiu esconder os dados, cometeu mais um crime contra milhares que tentam sobreviver à doença, propondo a invasão a hospitais para filmar as UTIs.
Enquanto faz isso, avança em sua agenda de extermínio aos empregos e direitos dos trabalhadores: o governo, ao mesmo tempo que se recusa a ampliar o período de pagamento do auxílio emergencial no valor de R$ 600,00, ou seja, o que já é uma miséria quer diminuí-lo ainda mais, vai além; pretende ampliar a proteção aos lucros dos capitalistas rifando os empregos de milhões, é isso que significa a modificação da Medida Provisória 944, ampliando as empresas que podem ter acesso ao crédito e a liberando para demitir. Pela proposta do governo a alteração da MP 944 vai incluir empresas com faturamentos maiores, entre R$ 10 a R$ 50 milhões e se antes a MP proibia demissões nas empresas que tivessem acesso a esse crédito público, agora estarão liberados a demitir 50% dos trabalhadores.
Defender o fim desse governo, é defender a vida: Bolsonaro a cada dia comete crimes contra a humanidade, seu governo tenta passar por cima da realidade dos fatos, ele nega não só a ciência, ele tenta negar que seu governo tem potencializado a morte de milhares de seres humanos nessa pandemia, ao mesmo tempo em que avança em sua ação que extermina direitos, empregos e vidas.
O governo Bolsonaro sabe que não se sustenta com apoio nas ruas, a pequena corja que o apoia são os mesmos que estavam escondidos nos porões dos saudosos da ditadura militar. Quando esse asqueroso ser fala de guerra civil e de armar a população, o que de fato Bolsonaro quer é armar cada vez mais as milícias nascidas dentro do braço armado do Estado, as polícias militares para ampliar a repressão contra a indignação que a cada dia começa a se colocar em movimento contra os ataques de seu governo genocida.
Não tem milícia, nem polícia que consiga calar ou conter a luta que atravessa as cercas e se transforma numa luta que é do conjunto da classe trabalhadora: uma luta que defenda a vida e os direitos das mulheres, negros, indígenas, LGBTs e que vá além, que defenda a vida e os direitos dos trabalhadores, dos que estão empregados, desempregados e na informalidade, uma luta que está nos locais de trabalho e nas ruas, uma luta da classe trabalhadora.