O dia 18 de junho marca uma semana de fatos que há tempos já estavam em atraso.
O tal grupo denominado 300, que na realidade não passava de 30 pessoas que estavam acampadas em Brasília, é uma das versões de agitação da política do genocida governo Bolsonaro que atenta contra a vida de milhões. A tal Sara que faz parte desse grupo e que se auto denomina Sara Winter em homenagem a uma outra Sara que participou ativamente do nazismo, faz parte desse grupo e foi presa na segunda-feira dia 15, por defender ações que atentam contra as liberdades democráticas duramente conquistadas através de muita luta, mas o que essa corja defende é mais do que isso: defendem a política do governo Bolsonaro que atenta contra os direitos e vida da classe trabalhadora.
Na manhã do dia 18, o sumido Fabrício Queiroz, que já foi militar, que tem relações orgânicas com as milícias no Rio de Janeiro e com a família Bolsonaro, foi preso acusado de ser parte do esquema de desvio de dinheiro público, através das tais rachadinhas feitas no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, filho de Bolsonaro, hoje senador. Queiroz é parte de um esquema organizado no gabinete do filho de Jair Bolsonaro que retirava dos salários dos contratados no gabinete dinheiro que financiou, entre tantos negócios criminosos, milícias do Rio de Janeiro. A esposa de Queiroz, Márcia Oliveira de Aguiar, também teve a prisão decretada e está foragida, a esposa também fazia parte do esquema das rachadinhas. A filha de Queiroz, Nathalia Queiroz, também está no esquema, chegou a ser contratada no gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro em Brasília, mas durante esse tempo continuava a ser personal trainer no Rio de Janeiro.
Queiroz e sua família são uma prova do esquema arquitetado por Bolsonaro e seus filhos. Queiroz foi preso na casa do advogado, Frederick Wassef, que mais do que advogar para Bolsonaro em várias ações é parte orgânica de seu projeto. Esse advogado, na véspera da prisão de Queiroz que estava escondido em sua casa, esteve em Brasília em mais um dos eventos do governo, ostentando sua cara deslavada, sem máscara em plena pandemia, agitando a campanha do governo que nega a gravidade do momento em que vivemos que já matou mais de 40 mil pessoas e contaminou mais de 1 milhão de pessoas pelo novo coronavírus.
No mesmo dia 18, finalmente a queda do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que foi colocado nesse ministério para tentar impor na Educação a ideologia do governo Bolsonaro que odeia negros, mulheres, LGBTs, que abomina ver filhos da classe trabalhadora nas Universidades Públicas, que nega a ciência, o conhecimento, um governo que quer impor um adestramento nos espaços da Educação, para formar seres alienados aos interesses do Capital. Esse ser asqueroso, antes de sair do Ministério, revogou uma portaria cortando as cotas para negros e indígenas nos cursos de pós-graduação, ou seja, sai como entrou, um ser servil aos interesses desse sistema capitalista que sobrevive às custas da exploração e da opressão de nossa classe.
No dia da prisão do amigo da família Bolsonaro o ainda presidente se escondeu, sua expressão no ato de demissão de seu ministro da Educação era a expressão de um ser desesperado em proteger a si e sua família. Seus aliados no Parlamento vomitavam mais declarações mentirosas, dizendo que as prisões de hoje eram uma perseguição a um governo que está preocupado com as vidas e os empregos dos trabalhadores.
Que preocupação é essa do governo que nega a gravidade da pandemia? Que preocupação é essa em que o presidente chamou de gripezinha uma doença para qual ainda não há vacina e nem tratamento? Que preocupação é essa de um governo que fez de tudo para acabar com o isolamento social e colocar todas as atividades não essenciais em funcionamento? Que preocupação é essa de um presidente, com sua cara de pau e sem máscaras, segue cuspindo seu desprezo por milhares de vidas? Que preocupação é essa com os empregos de milhões de trabalhadores, se todas suas Medidas vão no sentido de liberar os patrões a passar por cima de direitos, reduzir salários e demitir em massa?
Todas as medidas do governo Bolsonaro foram no sentido de proteger os interesses do Capital, reduzir salários, retirar direitos, garantir crédito para as empresas e as liberarem para demitir. Junto a proteção dos interesses privados do Capital, Bolsonaro tenta proteger os interesses particulares de sua família.
Para além das prisões e da queda de ministro que aconteceram nessa semana, é no fortalecimento da luta em defesa dos direitos e dos empregos que conseguimos avançar contra os ataques do Capital e de seu capacho governo.