NAS URNAS UM RECADO CONTRA O GOVERNO GENOCIDA DE BOLSONARO
PARA ALÉM DAS URNAS AVANÇAR NA LUTA DIRETA EM DEFESA DOS DIREITOS E DA VIDA QUE SEGUEM SENDO ATACADOS PELO CAPITAL E SEU ESTADO
A avaliação sobre as eleições municipais ocorridas em 1º turno no Brasil nesse ano não pode ser feita a partir das particularidades de cada cidade ou região, mas sim a partir do movimento geral que levou à uma derrota expressiva das candidaturas apoiadas pelo governo genocida de Bolsonaro.
Nessa eleição as candidaturas pautadas na famigerada “guerra santa” montada pelos falsos pastores que demonizaram a esquerda, principalmente a partir de 2015 alimentada para além da indústria das notícias falsas, também por anos de retrocesso da consciência provocada pelos governos de conciliação de classes do PT e suas linhas auxiliares não foram capazes de se sobrepor à realidade
Mas as derrotas das candidaturas apoiadas pelo genocida presidente não é uma derrota das medidas impostas pelo Capital que segue garantindo suas demandas, ou seja tanto o governo federal, como os demais governos de plantão e a maioria do parlamento continuam gerenciando a máquina do Estado para o aprofundamento dos ataques à classe trabalhadora com as várias medidas provisórias, decretos e reformas que retiram direitos, diminuem salários, aumentam as demissões, avançam nas privatizações e na tentativa da destruição dos serviços públicos.
Em várias cidades a direita manteve e ampliou suas bancadas, mas em outras uma parte expressiva da classe trabalhadora e da juventude que foi até as urnas marcou ainda que, nesse momento somente no voto sua rejeição as ações do governo Bolsonaro que potencializam o machismo, a homofobia, o racismo e para além disso disseram NÃO para a política desse governo que despreza vidas humanas, extermina empregos e direitos.
Um dos exemplos disso se deu na cidade de São Paulo, maior e mais rica cidade do país, onde as consequências da concentração de renda estão escancaradas nas ruas com milhares de pessoas ao relento por conta da miséria. A votação mais do que garantir o aumento das bancadas de vereadores de partidos institucionais do campo da esquerda como o PT e o PSOL foi uma forma ainda que restrita ao voto de demonstração da indignação às consequências das ações impostas pelo governo federal e também por governos estaduais e municipais em que o que impera é: garantir ao Capital mais e melhores condições para sua manutenção.
As consequências dessas ações se mostram cada vez mais no duro dia a dia da classe trabalhadora em que já somos mais de 40 milhões sem emprego, milhares na miséria absoluta e por conta da política genocida de Bolsonaro o número de contaminados pelo novo coronavírus não para de crescer: já são mais de 169 mil mortes e mais de 6 milhões de contaminados.
Nesse segundo turno estimular e indicar o voto nas candidaturas dos partidos institucionais do campo da esquerda como PT, PSOL, PCdoB é uma ação tática que contribui para o enfrentamento contra o governo genocida de Bolsonaro, sem nenhuma expectativa que os governos de conciliação de classes tanto do PT ou de suas linhas auxiliares como o PSOL e PCdoB se colocarão em enfrentamento contra as demandas impostas pelo Capital.
A tarefa principal segue sendo o fortalecimento da luta da classe trabalhadora nos locais de trabalho, moradia, estudo e nas ruas contra o Capital e seus governos que escancaradamente estão a serviço de atender seus interesses e também contra os ataques daqueles que se submetem aos interesses capitalistas.
As eleições passam e o enfrentamento segue contra a exploração e a opressão, essa é a tarefa principal avançar na organização e luta direta contra o Capital e seus governos de plantão que segue impondo as privatizações, o fim do serviço público e dos direitos da classe trabalhadora.
Essa é a tarefa daqueles que acreditam e lutam por um mundo sem opressão e exploração, por uma sociedade socialista.