Mais de 187 mil pessoas morreram no Brasil por conta da COVID 19 desde o início da pandemia, mais de 7 milhões estão contaminados e os casos não param de crescer.
O governo Bolsonaro além de negar a gravidade da pandemia durante todo esse período tentou por diversas vezes destruir de vez o Sistema Público de Saúde (SUS). No final de outubro lançou uma portaria que não durou nem 24 horas onde propunha entregar para as empresas privadas as Unidades Básicas de Saúde (UBS’S) dentro de seu programa de privatizações.
Em dezembro lançou portaria para acabar com vários programas do SUS para saúde mental, programas esses que vêm desde a década de 90, entre os serviços que serão atingidos estão a reestruturação da assistência psiquiátrica hospitalar no SUS, as equipes de Consultório na Rua, o Serviço Residencial Terapêutico e a Comissão de Acompanhamento do Programa De Volta para Casa.
Em novembro as notícias dão conta de mostrar o descaso do governo com a saúde e vida dos trabalhadores em meio a pandemia: quase 7 milhões de testes para a COVID 19 adquiridos pelo Ministério da Saúde correm o risco de perder a validade, ou seja, a quantidade de testes que podem perder a validade é maior do que testagem feita até agora que ultrapassa pouco mais de 5 milhões.
Mesmo sendo duramente atacado por sucessivos governos, o SUS segue sendo um dos maiores e melhores sistema de saúde público do mundo garantindo desde o atendimento primário até tratamentos e procedimentos mais complexos, não fosse esse sistema público de atendimento à saúde a situação que é muito grave nesse momento de pandemia, seria uma tragédia muito maior.
Há anos os diversos governos vêm impondo a terceirização e a entrada de Organizações sociais nos espaços dos SUS, organizações essas que são empresas privadas que além de desviar dinheiro público precarizam ainda mais as condições de trabalho e o atendimento à saúde.
E a depender do governo Bolsonaro o objetivo é entregar para as empresas privadas o que ainda há de público no sistema de saúde brasileiro, ou seja é transformar a saúde em mercadoria o que significa para a maioria da população trabalhadora o fim de qualquer acesso à atendimento e tratamento.
Para enfrentar tudo isso é preciso mostrar a importância do SUS para quem mais faz uso dele, os trabalhadores e seus filhos, combater a propaganda mentirosa do governo que tenta confundir e enganar dizendo que a privatização traz a melhoria dos serviços e além disso, construirmos unidade de ação com organizações do movimento sindical, popular e demais organizações que atuam na saúde para fortalecer a luta pela manutenção e investimento no SUS, público, universal e de qualidade para todos.
A Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora também faz parte dessa luta.