João Dória governador do estado e Bruno Covas prefeito na cidade de São Paulo, ambos do PSDB cancelaram o passe livre nos transportes da cidade para quem tem entre 60 e 65 anos de idade, ou seja, arrancou um direito básico para muitos que aposentados ou não se utilizam do transporte na maioria das vezes para trabalhar ou buscar trabalho, não há nenhuma economia nessa medida que garanta a melhoria dos serviços públicos, ao contrário só impõe mais sofrimento e o aumento da miséria para milhares de trabalhadores.
Na mesma semana em que o governador e o prefeito arrancaram esse direito de parte da população trabalhadora, a maioria dos vereadores na Câmara Municipal aprovou o reajuste dos salários do prefeito em 46% e dos seus secretários em 53%.
Ou seja, enquanto os trabalhadores e aposentados com idade entre 60 e 65 anos, que estão desempregados ou que mesmo aposentados continuam trabalhando para garantir o sustento de suas famílias serão obrigados a pagar a passagem nos ônibus e trens, o prefeito que hoje já recebe um salário de R$ 24 mil, receberá em 2022 mais de R$ 35 mil e seus secretários mais de R$ 30 mil.
Bruno Covas para tentar justificar o injustificável, disse que os salários do executivo estavam “defasados”, chegou ao absurdo de dizer que o salário mínimo teve reajuste, enquanto os seus estavam defasados.
Que comparação absurda é essa em que o prefeito tenta comparar seu salário que hoje é de mais de R$ 24 mil ao salário de milhões de trabalhadores que não recebem mais do R$ 1.045,00?
O governo garante fartos salários para o executivo e segue atacando os direitos dos trabalhadores, seja do funcionalismo público na saúde, educação, assistência social, infraestrutura e principalmente da população trabalhadora que amarga o arrocho salarial, o desemprego, a piora das condições de vida e trabalho.
O caminho para enfrentar tanto desrespeito não é outro que não seja a luta do conjunto da classe trabalhadora.