No dia 25 de junho, na sessão da CPI da COVID foram ouvidos os depoimentos do deputado da base de apoio de Bolsonaro, Luiz Miranda do DEM/DF e de seu irmão Ricardo Miranda servidor público do Ministério da Saúde que denunciaram com grande atraso a ação corrupta e criminosa do governo Bolsonaro na pandemia.
Durante o período em que Bolsonaro fazia campanha contra a vacinação, combatia a compra das vacinas produzidas na China, a CORONAVAC, se recusava em 2020 a comprar as vacinas produzidas na Pfizer, nos podres bastidores de seu governo negociava-se um contrato bilionário de compra de vacinas que não tinham autorização dos órgãos de saúde para serem aplicadas.
Enquanto o governo enrolou por mais de 300 dias para fechar os contratos para compra de outras vacinas já autorizadas, a negociata com a empresa Precisa intermediária para compra das vacinas Covaxin durou aproximadamente 90 dias, os custos das doses dessa vacina eram no mínimo quatro vezes maiores do que as outras e custariam aos cofres públicos R$1,6 bilhão.
A empresa Precisa responsável pela negociação com o governo tem como sócio, o mesmo que foi sócio da Global Saúde, empresa com histórico de falcatruas, pois em 2017 recebeu R$19,9 milhões por uma licitação vencida, cujos remédios não chegaram.
Além das confirmações na CPI de que o deputado federal Ricardo Barros/PP/PR líder do governo na Câmara esteve nas negociatas, o que se constatou é a ação criminosa do governo Bolsonaro, que tripudiou sob a dor de milhões de pessoas que sofrem com as mais de 500 mil vidas arrancadas.
Durante a audiência no dia 25 de junho, em alguns momentos vários parlamentares falaram da importância de se garantir trabalhadores concursados no Estado e que a estabilidade é necessária para cumprirem seu dever de ofício, mas até dias atrás estavam em sua grande maioria apoiando a reforma administrativa do governo que atacam os servidores públicos que atendem diretamente a população trabalhadora.
Só frases e discursos retóricos dos senadores na CPI não adiantam em nada, só declarações dos deputados de oposição ou de parlamentares apoiadores de Bolsonaro arrependidos também não, é no fortalecimento das manifestações nos locais de trabalho e nas ruas que podemos de fato colocar esse governo genocida para fora.
Fortalecer as manifestações no próximo 03 e também no 24 de julho, dias de luta em Defesa da Vida e Pelo Fora Bolsonaro, aprofundar a mobilização nos locais de trabalho para a construção da greve geral são as ações capazes de derrotar esse governo da morte.