Bolsonaro mentiu muito sobre seus adversários e sobre muitas coisas para se eleger, inclusive que seria um combatente contra a corrupção, mas não mentiu sobre seus objetivos: ter um governo que destruísse direitos trabalhistas, atacasse mulheres, negros, LGBT’S, devastasse ainda mais a Amazônia, passasse por cima das liberdades democráticas.
É isso que vem tentando fazer desde o primeiro dia de seu governo e em dois anos de pandemia, as quase 600 mil mortes provocadas pelo novo coronavírus tem a sua digital ao negar a gravidade da doença, fazer propaganda contra a vacinação ao mesmo tempo em que seu governo tentava um mega esquema de corrupção para compra de vacinas não autorizadas.
Bolsonaro também se utiliza da tragédia para impor mais ataques aos direitos trabalhistas, é isso que significa a Medida Provisória 1045, pois ela é a reedição de seu projeto de lei de carteira de trabalho verde amarela que significa o fim dos direitos e salários que podem estar abaixo do salário-mínimo.
Foi na semana que se votava a MP 1045 que Bolsonaro ostentava um desfile militar em Brasília e para se desviar das centenas de pedidos de impeachment contra ele, também entrou com um pedido de impeachment contra um dos ministros do STF, tudo isso só instrumento de dispersão para tentar ocultar os ataques aos direitos e vida da classe trabalhadora.
Na semana passada, quando sua corja fardada ia para redes sociais chamar manifestações contra as liberdades democráticas, Bolsonaro para tentar fugir de sua responsabilidade que ao atender os interesses do Capital impõe a carestia, a falta de comida na mesa do trabalhador, novamente vomitou seu discurso de ódio dizendo que ao invés de feijão na mesa, o que vale é fuzil na mão.
Mais do que notas indignadas e reuniões de governadores se dizendo preocupados com a ação de policiais fazendo coro com Bolsonaro, é preciso potencializar a luta contra esse governo genocida e contra os ataques dos governos estaduais e municipais que também atentam contra os serviços públicos que atendem a população trabalhadora.
E isso se faz nos locais de trabalho e nas ruas, a tarefa principal é construir a necessária greve geral, instrumento legitimo de luta em defesa dos direitos e da vida.