FOI GOLPE MILITAR FINANCIADO PELA BURGUESIA, FOI CRIME CONTRA QUEM LUTAVA POR MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA, TRABALHO E POR DEMOCRACIA

NÃO TEM ESQUECIMENTO E NEM PERDÃO: SEGUIMOS EM LUTA

Novamente o governo Bolsonaro mostra sua paixão por um dos períodos mais sanguinários da história do Brasil, a ditadura militar que financiada pelo grande Capital prendeu, torturou, matou e exilou trabalhadores e estudantes que lutavam por melhores condições de vida e trabalho e por democracia.

O atual ministro da Defesa, general Braga Netto publicou no dia de ontem mais uma manifestação de apoio ao golpe de 64, o texto é assinado também pelos comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica, seu conteúdo tenta ocultar os crimes cometidos pelos militares e seus agentes.

É mais um crime contra a vida e à memória das milhares de vítimas da ditadura, a nota do governo assinada pelos militares em que além de muitas aberrações dizem que o golpe proporcionou: “..um período de estabilização, de segurança, de crescimento econômico e de amadurecimento político, que resultou no restabelecimento da paz no País, no fortalecimento da democracia”.

O período da ditadura foi marcado por repressão nas ruas contra as manifestações, trabalhadores e estudantes foram presos e torturados, muitos foram assassinados e até hoje seus corpos seguem desaparecidos. Além da ditadura fechar o Congresso Nacional, censurar a imprensa, os Sindicatos sofreram intervenção, vários dirigentes foram presos e mortos, tudo isso tinha por objetivo criar melhores condições para o Capital aprofundar a exploração contra a classe trabalhadora.

O que esse governo saudoso e defensor da ditatura militar defende como crescimento econômico, foi o aumento da exploração contra os trabalhadores com a imposição de piores condições de trabalho, arrocho salarial, combinadas com a repressão garantida pelo Estado.

Mas a classe trabalhadora junto às suas Organizações se colocou em movimento ao final de década de 1970 e início dos anos de 1980 e isso foi fundamental para pôr fim à ditadura militar, retomar a democracia e principalmente avançar na luta por direitos que só estão na Constituição Federal de 1988 por conta das grandes greves gerais realizadas nesse período.

Em 2022 a situação da classe trabalhadora em muito se aproxima do que vivemos no passado recente: carestia, miséria, piora das condições de vida e trabalho, junto a isso a tragédia de uma pandemia que arrancou centenas de milhares de vida principalmente pela ação do atual governo que para além de sua sanha em atacar a democracia, ataca direitos e vidas da classe trabalhadora.

Para enfrentar os ataques do Capital e seus governos sejam eles impostos por ditaduras ou eleitos o caminho segue sendo a luta do conjunto da classe trabalhadora que sempre ao longo de sua história ao se colocar em movimento derrubou ditaduras e avançou em direitos.

Mais do que não esquecer, é na força da nossa luta que matemos viva a memória de todos os nossos que tiveram as vidas arrancadas pela ditadura burgo-militar no Brasil.

É no fortalecimento da nossa luta nos locais de trabalho, moradia e estudo que derrotaremos o governo genocida de Bolsonaro e avançaremos no combate aos ataques do Capital à classe trabalhadora.