O crime aconteceu em 10 de julho, o estuprador levou para um terreno em obras a adolescente de 15 anos, a estuprou e depois enviou mensagens a ameaçando. A mãe da adolescente assim que soube do estupro registrou o Boletim de Ocorrência e a partir da prisão do diácono chegou a receber mensagens de um presbítero dizendo que a denúncia prejudicaria a “imagem da igreja”.
Esse é mais um exemplo que mostra a violência a que são submetidas mulheres, jovens e crianças que têm seus corpos e vidas subjugadas pela herança do patriarcado, incorporado pelo sistema capitalista. E no Brasil nesse momento em que há um governo misógino e genocida que se utiliza da fé alheia para tentar fugir de seus crimes que atentam contra a dignidade e a vida humanas, a violência de gênero foi potencializada.
Exemplos não faltam, como o caso da criança de 10 anos que foi estuprada em Santa Catarina e quase teve seu direito ao aborto negligenciado pela ação de uma juíza e uma promotora do estado. Depois do aborto realizado, o governo Bolsonaro através do Ministério criado por ele intitulado da Mulher, Família e Direitos Humanos tenta perseguir os profissionais de saúde que cumpriram com seu dever de ofício e fizeram o devido procedimento do aborto para salvar a vida da criança de 10 anos que sofreu o estupro.
O governo Bolsonaro fez emergir do esgoto o que há ainda no país de mais covarde, hipócrita e cruel, indivíduos que cultuam o machismo, o racismo, a homofobia. Esses indivíduos se utilizam da fé alheia para aumentar a alienação, são capachos do sistema capitalista que se utiliza da opressão para aumentar a opressão e a exploração contra o conjunto da classe trabalhadora.
Sob o governo Bolsonaro, além de crescer o número de violência contra mulheres, homossexuais, negros aumentou a impunidade contra os que cometem crimes que atentam contra suas vidas. Por isso a luta para pôr fim a esse governo nas urnas e principalmente nas ruas é parte das tarefas fundamentais em defesa da vida.