NÃO ESQUECEMOS E NÃO PERDOAMOS

No dia 31 de março de 1964 um golpe militar financiado pelo Capital instaurou um dos períodos mais sombrios no Brasil, com o objetivo de frear a luta do conjunto da classe trabalhadora.

O Estado agiu para atender as demandas da burguesia reprimindo manifestações e greves, trabalhadores e estudantes foram perseguidos, torturados, expulsos do país e muitos foram assassinados pelas mãos da repressão armada do Estado.

Mais de mil Sindicatos sofreram intervenções, reuniões e todas as formas de organização da classe trabalhadora e da juventude foram reprimidas, o terror do Estado se impôs para que a burguesia pudesse intensificar a exploração contra os trabalhadores e piorar ainda mais as condições e vida e trabalho para o conjunto da população trabalhadora.

No final da década de 1970, a classe trabalhadora retoma seu movimento, greves e grandes manifestações de rua se espalham por todo país, os trabalhadores se organizam em Oposições sindicais e retomam os Sindicatos, as mobilizações denunciavam a carestia, as péssimas condições de trabalho, o arrocho salarial e exigiam o fim da ditadura.

A ditadura acabou, mas até hoje os responsáveis pelos crimes cometidos naquele período seguem impunes e para além da impunidade os aparelhos ideológicos do Estado operaram para tentar apagar a história de resistência e luta da classe trabalhadora.

Essa tentativa de apagamento histórico contribuiu para aprofundar a alienação que teve como consequência o que vivemos nos últimos anos no Brasil; ter na presidência do país de 2018 a 2022 um saudoso e defensor da ditatura militar que fez ressurgir do esgoto os covardes e hipócritas que odeiam a classe trabalhadora e suas Organizações , que vomitam em cada uma de suas práticas racismo, misoginia, homofobia e xenofobia.

Ter derrotado o genocida governo de Bolsonaro foi um passo importante no enfrentamento contra esses hipócritas e para impedir que apaguem a história de resistência e luta que garantiram direitos e liberdades democráticas, mas só isso não basta.

É preciso seguir revelando a história que tentaram apagar e fortalecer a luta contra os ataques do Capital e de qualquer governo, pois as liberdades democráticas só se consolidam com o respeito aos direitos da classe trabalhadora.

Exigir do governo Lula/PT a revogação de todas as medidas implementadas nos últimos anos pelos governos de Temer/MDB e Bolsonaro/PL que retiraram direitos da classe trabalhadora é parte da luta para consolidar as liberdades democráticas que duramente garantimos. Pois não há liberdade sem direitos.