AS BALAS DO ESTADO MATAM MAIS UMA CRIANÇA

Heloísa dos Santos Silva, uma criança de 3 anos foi mais uma criança que teve a vida arrancada pelas balas do braço armado do Estado.

A menina morreu no dia 16 de setembro, ela estava internada desde o dia 7 de setembro, em Duque de Caxias/RJ depois de ser atingida por um tiro na cabeça em uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Arco Metropolitano, na altura de Seropédica/RJ.

O agente da PRF Fabiano Menacho Ferreira admitiu ter feito os disparos de fuzil que atingiu a criança e os outros policiais, Matheus Domicioli Soares Viegas Pinheiro e Wesley Santos da Silva também envolvidos na perseguição contra o carro que estava a menina e sua família admitiram que o fizeram pois “deduziram” ser um carro roubado.

Em maio de 2022 a PRF torturou até a morte Genivaldo dos Santos, morto por asfixia provocada pelo gás lançado contra ele enquanto estava preso numa viatura da Polícia, Genivaldo estava indo buscar seus remédios sofria de esquizofrenia e foi detido, torturado e morto pelos agentes da PRF.

Novamente um crime cometido pelo braço armado do Estado que define quem deve morrer ou viver por sua classe social e por sua cor. Genivaldo era um homem pobre e negro, a família de Heloisa é uma família trabalhadora e negra.

Durante os dias em que Heloísa estava hospitalizada lutando bravamente para sobreviver, um agente da PRF a paisana foi até o Hospital numa tentativa velada de coagir a família da pequena Heloísa, mais uma violência contra ela e seus pais.

Essa é mais uma prova que escancara que o braço armado do Estado nessa sociedade capitalista não está a serviço de garantir proteção à população trabalhadora e sim os interesses privados do Capital .

Mais do que o pedido de prisão feito pelo Ministério Público dos agentes da PRF envolvidos em mais essa morte, mais do que as declarações do governo Lula indignado contra mais esse crime, é preciso ações concretas que além de punir aqueles que mataram mais uma criança no Rio de Janeiro, sendo que só o ano de 2023 já morreram 11, é preciso enfrentar essa estrutura montada para impor a violência e a morte contra a classe trabalhadora e seus filhos.