A greve iniciada na madrugada do dia de hoje no estado de São Paulo dos trabalhadores na SABESP e na capital e região metropolitana no Metrô e na CPTM é um exemplo necessário da necessidade em romper as cercas das categorias e avançar na luta do conjunto da classe trabalhadora.
A greve que na SABESP parou serviços na capital e no interior e a greve no metrô e na CPTM que parou a circulação dos trens, não foi uma greve reivindicando aumento salarial ou questões específicas dos trabalhadores no saneamento, dos metroviários e ferroviários, é uma greve contra as privatizações, em defesa de serviços públicos de qualidade para a população trabalhadora.
O governo de Tarcísio de Freitas/ Republicamos, capacho do ex-presidente Bolsonaro, avança em seu projeto de privatização começando pela SABESP e quer ampliar as concessões para as empresas privadas de linhas do metrô e da CPTM.
As experiências pelos mundo afora e aqui no Brasil mostram que as privatizações significaram para os trabalhadores mais gasto e piora do atendimento, os únicos a se beneficiarem com a privatização é o Capital que recebe das mãos dos governos de plantão um serviço que antes era público e que agora será mercadoria fonte de lucro às custas de mais sofrimento para os trabalhadores.
Os meios de comunicação privados do Capital tentaram transformar a greve do dia de hoje no problema que milhões de trabalhadores enfrentam em relação ao transporte no dia a dia , mas a realidade é outra: a greve mostrou que o transporte público está sendo sucateado a muito tempo pelos governos de plantão com o objetivo de entregar esse serviço para as empresas privadas.
Também escancarou que o serviço privado é pior para população trabalhadora: durante o dia da greve, tanto o governador Tarcísio de Freitas/ Republicanos e o prefeito de São Paulo Ricardo Nunes/MDB tentavam criminalizar a greve dos trabalhadores da SABESP, Metrô e CPTM dizendo que as linhas de trens concedidas para as empresas privadas estavam funcionando normalmente, mas a realidade mostrou o que os trabalhadores sofrem todos os dias; falha na operação provocando a paralisação e super lotação dos trens nas linhas privadas. Ou seja, segue sendo o serviço público que garante o melhor atendimento aos trabalhadores.
O Judiciário impõe multas absurdas contra os Sindicatos, os governos tentam criminalizar a greve, os meios de comunicação privados tentam demonizar os trabalhadores que estão em luta, tudo isso para atender os interesses do Capital que concentra riqueza explorando e piorando as condições de vida e trabalho do conjunto da classe trabalhadora.
Não é na Assembleia Legislativa que vamos impedir a privatização dos serviços públicos, pois maioria que lá está atende aos interesses das empresas privadas. É na luta direta nas greves, no movimento do plebiscito contra as privatizações na luta do conjunto da classe trabalhadora que podemos impedir mais esse ataque brutal contra a classe trabalhadora.
A greve do dia 03 de outubro escancarou o que os trabalhadores sofrem no dia a dia, não pela paralisação dos trabalhadores na SABESP, Metrô e na CPTM, mas sim pela ação dos governos que para abrir as portas para privatização sucateiam os serviços públicos.
A Intersindical manifesta sua solidariedade ativa a greve que aconteceu no dia de hoje e seguimos nos somando a todas as iniciativas de mobilização contra as privatizações e em defesa dos serviços públicos de qualidade para o conjunto da classe trabalhadora.