A GREVE DAS UNIVERSIDADES E INSTITUTOS FEDERAIS PARA ALÉM DA PAUTA ESPECÍFICA É EM DEFESA DO ENSINO PÚBLICO E DE QUALIDADE

A greve dos docentes e técnicos administrativos nas Universidades e Institutos federais iniciada em abril continua, mesmo com a tentativa do governo em acabar com o movimento utilizando-se para isso do Proifes, sindicato sem legitimidade criado no primeiro mandado de Lula para tentar enfraquecer a luta do funcionalismo público.

Importante mostrar aquilo que tanto o governo, como os meios de comunicação privados tentam esconder da população: mostrar que a pauta dos trabalhadores em greve vai além das questões específicas da categoria, incluem reivindicações como a recomposição do orçamento das Universidades, Institutos Federais e CEFETs, pois nos governos anteriores, principalmente de Temer e Bolsonaro houve um ataque brutal a todos os serviços públicos.

Em relação à Educação o ataque veio através dos cortes drásticos no orçamento o que piorou as condições de trabalho dos docentes e técnicos, e de estudo aos jovens que tiveram bolsas cortadas o que afetou desde o pagamento de alimentação e moradia para os estudantes mais pobres, como a restrição de pesquisa.

Junto a isso o corte de verbas inviabilizou o funcionamento de várias Universidades por um período em que não se tinha dinheiro nem  para pagar salários dos trabalhadores ainda mais precariazados por conta da terceirização que trabalham nas áreas de alimentação e limpeza.

Junto aos cortes de verbas, o governo anterior tinha por objetivo impor conteúdos distintos do que devem estar nos espaços de ensino público, queria transformar as Universidades e Institutos em instrumentos a serviço de conteúdos de aprendizado que interessam tão somente ao Capital, acabar com os conteúdos que auxiliam no amadurecimento, senso critico e consciência para em seu lugar impor mais alienação.

Os docentes e técnicos enfrentaram com bravura esses ataques e não foram poucas as vezes em que avançamos em mobilizações do conjunto da classe trabalhadora contra a destruição da Educação, portanto é importante mostrar aquilo que o atual governo tenta esconder: a pauta vai além da categoria que reivindica recomposição dos salários, distorções na carreira docente entre outras.

Mesmo com o empenho do Proifes, sindicato capacho do governo em acabar com a luta, a greve segue forte em dezenas de Universidades e Institutos em todas as regiões do país. A solidariedade de classe deve se fortalecer justamente em  mostrar que essa luta é também em defesa dos serviços públicos de qualidade e para que as Universidades e Institutos sejam espaços de ensino que de fato garantam o acesso dos filhos da classe trabalhadora.