Nos últimos dias vários acidentes em fábricas no Brasil e no mundo que vitimaram dezenas de trabalhadores.
No mês de outubro na fábrica Maxion na cidade de Limeira/SP, um trabalhador contratado por uma empresa terceirizada caiu de uma altura de 6 metros enquanto trabalhava na reforma das lonas. O trabalhador de 37 anos morreu alguns dias depois no hospital em decorrência dos ferimentos provocados pelos acidentes.
Nas últimas semanas, na Usiminas em sua planta de Ipatinga/MG vários acidentes: em menos de duas semanas dois acidentes graves foram registrados, um envolvendo amputação de dedos das mãos de um trabalhador e outro envolvendo fratura exposta na perna e na madrugada do dia 07de novembro houve uma descarga elétrica na área da Sinterização que provocou queimaduras no rosto, braços e pernas dos trabalhadores que foram expostos.
No final de outubro ao menos 12 trabalhadores foram mortos por causa de mais um acidente provocado pelas péssimas condições de trabalho, o acidente aconteceu na siderúrgica Aceros Simec localizada no estado de Tlaxcala, no México e foi provocado por derramamento de aço líquido de lingotamento. As notícias que vêm do México mostram que há muito tempo havia denúncias sobre as péssimas condições de trabalho e o profundo arrocho salarial o que piora ainda mais a situação dos trabalhadores.
Os patrões para aumentarem seus lucros atacam a saúde e a vida dos trabalhadores, quanto mais investem em equipamentos modernos e novas tecnologias, as condições de trabalho daqueles que produzem os lucros são cada vez mais precárias com a terceirização, jornadas intensas e extensas banco de horas, assédio, pressão tudo o que provoca mais adoecimento e morte.
Uma pessoa morre vítima de acidente de trabalho a cada 3 horas no Brasil. Os números fazem parte de um levantamento realizado pelo Observatório de Saúde e Segurança do Trabalho. O órgão reuniu dados entre 2012 e 2022. De acordo com o estudo, o País contabilizou mais de 7 milhões de acidentes de trabalho com trabalhadores registrados no regime CLT. A média é de um caso a cada 51 segundos. Desse total, mais de 28 mil resultaram em mortes.
As empresas fazem falsa e hipócrita propaganda dizendo investir em segurança nos locais de trabalho, quando na realidade diariamente organizam o processo de produção atentando contra a vida dos trabalhadores, pois seu único objetivo é a obtenção de mais lucros.
Por tudo isso a nossa luta diária nos locais de trabalho vai para além do enfrentamento contra o arrocho salarial é uma luta permanente em defesa da saúde e da vida dos trabalhadores, também seguimos exigindo que os órgãos de fiscalização como o Ministério do Trabalho de fato fiscalize e puna as empresas que seguem atacando a saúde e a vida dos trabalhadores.