NUNCA FOI PARA PROTEGER, SEMPRE PARA COAGIR E MATAR

Um menino de apenas 4 anos de idade foi assassinado na Baixada Santista/SP enquanto brincava com outras crianças perto de casa, há poucos meses, o pai da criança também foi assassinado pela chamada Operação Verão que deixou mais de 50 pessoas mortas no litoral paulista. A bala que mata segue vindo das forças de repressão do Estado.

No velório do pequeno Ryan de 4 anos, mais violência e desrespeito: a Polícia Militar atrapalhou o cortejo, foi até o cemitério numa clara demonstração de tentar coagir a família do menino que clama por justiça.

Na mesma semana, o policial militar Rodrigo José de Matos Soares, que disparou o fuzil que atingiu as costas da menina Ágatha  que há época tinha 8 anos, foi absolvido das acusações. A criança estava com a mãe dentro de uma Kombi na Comunidade da Fazendinha, no Complexo do Alemão no Rio de Janeiro há 5 anos.

Seja em São Paulo, Rio de Janeiro em qualquer região, o aparato repressor do Estado não é feito para proteger os trabalhadores e seus filhos, esses seguem tendo no peito um alvo por sua classe social e sua cor, e mês após mês crianças seguem sendo vitimas dessa polícia que segue impune.

Em São Paulo, o atual governador Tarcísio de Freitas/Republicanos não só apoia, como estimula o aumento da repressão policial o que tem como consequência mais violência contra a classe trabalhadora, ações medíocres como o afastamento dos policiais envolvidos nas operações é só mais um exemplo da impunidade. Tragédias como essa que arrancam a vida das crianças escancaram que o Estado de uma sociedade dividida em classe é feito para proteger os interesses do Capital atacando a vida e os direitos da classe trabalhadora e seus filhos.