A cada momento da luta de classes, os trabalhadores se colocam em movimento de diversas formas para enfrentar o capital e o Estado burguês. E ao se movimentar criam organizações que potencializam suas lutas contra os patrões e seus governos.
Os trabalhadores brasileiros vivem o encerramento de um ciclo aberto na década de 1970, fruto de fortes mobilizações de massa e das lutas operárias, que resultaram na construção da CUT.
A CUT nasce fruto do intenso processo de luta da classe trabalhadora, de caráter classista, cuja marca foram a combatividade e a organização pela base.
Infelizmente, ao longo de sua trajetória a CUT se degenerou, deixando de ser um instrumento de organização da classe para a luta contra os patrões e seu Estado, para se tornar uma central chapa-branca, mediadora do conflito capital e trabalho e nos últimos anos completamente submissa ao governo Lula.
No encerramento desse ciclo setores classistas e combativos do sindicalismo, que continuam a organizar a luta pela base, criaram a Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora, não se pautando pela construção imediata de uma nova central, pois essa é conseqüência do processo de reorganização dos trabalhadores como classe a partir da base,
No 2º Encontro Nacional da Intersindical, em abril de 2008, correntes ligadas ao PSOL, decidiram romper essa unidade para construir com a Conlutas uma nova central.
Os setores que se juntaram para a decretação de mais central, não conseguiram concluir esse processo.
A divergência, aparentemente em torno do nome, em verdade tem causas mais profundas, localizada na falta de condições objetivas para nesse momento se criar uma nova central sindical.
Os setores do PSOL que se retiraram do Congresso chamado para fundação de uma central sindical popular se utilizaram do nome da Intersindical, para tentar causar confusão no interior do movimento sindical. Na troca de e-mail’s e nas notas divulgadas por ambos os lados da disputa, com acusações recíprocas, não se esclareceu que a Intersindical verdadeira, formada pela Alternativa Sindical Socialista, Unidade Classista, Resistência Popular, Consulta Popular e vários Sindicatos e Coletivos Independentes não participou do Congresso chamado para a fundação de mais uma central.
A Intersindical verdadeira se mantém firme no propósito de ampliar esse Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora. Nos mantivemos, ao longo de todo esse período, presentes nas lutas reais da classe trabalhadores em seus locais de trabalho, moradia e estudo.
Como prova de nossa vitalidade e crescimento em âmbito nacional, realizaremos nos dias 13, 14 e 15 de novembro nosso 3º Encontro Nacional em Campinas/SP. Esse Encontro que está sendo precedido por Encontros Estaduais contará com a presença de centenas de trabalhadores de base e lideranças sindicais de todo o país, cada vez mais convencidos da importância de fortalecer a Intersindical, contra todos os ataques dos patrões e de seus governos, combatendo o sindicalismo manso, pelego e submisso aos interesses do Capital.
Fortalecendo o resgate de um sindicalismo classista, combativo e que organize os trabalhadores pela base. Nesse 3º Encontro Nacional vamos debater a conjuntura, avaliar nossa atuação, formular um plano de lutas e aprofundar nosso processo de organização.
A verdadeira Intersindical continuará se consolidando no movimento real dos trabalhadores. A partir da organização da luta nos locais de trabalho, moradia e estudo estamos ampliando nosso instrumento nacionalmente, restabelecendo os laços de solidariedade internacional e junto com a classe e não em nome dela nas ações cotidianas a luta por uma sociedade socialista.
VIVA A INTERSINDICAL – INSTRUMENTO DE LUTA E ORGANIZAÇÃO DA CLASSE TRABALHADORA POR NENHUM DIREITO A MENOS AVANÇAR NAS CONQSUISTAS.