NÃO É REFORMAR, É REVOGAR A REFORMA TRABALHISTA QUE SÓ TROUXE MAIS DESEMPREGO, REDUÇÃO DE SALÁRIOS E DIREITOS

O Jornal o Globo publicou no dia 17 de julho um editorial defendendo a reforma trabalhista que foi redigida pela CNI (Confederação Nacional das Indústrias) e aprovada pelo governo Temer/MDB e pela maioria dos deputados e senadores em 2017.

Esse Jornal que é um dos porta-vozes do Capital no Brasil mente descaradamente para defender essa reforma que só trouxe mais miséria, mais arrocho salarial e o aprofundamento dos ataques aos direitos duramente garantidos através de muita luta pelos trabalhadores junto aos seus Sindicatos.

A matéria é recheada de mentiras, exemplo disso é afirmar que a reforma trabalhista trouxe mais empregos, quando na realidade permitiu aos patrões aumentar as demissões e fazerem novas contratações com jornadas intermitentes e contratos parciais em que direitos básicos são desrespeitados. Além de aumentar a informalidade, pois o tal  “empreendedorismo” significa um trabalhador sem direito, sem salário, sem seguridade social, uma realidade vivida pelos trabalhadores em aplicativos e tantos outros que estão buscam  a sobrevivência em condições cada vez mais precárias de trabalho.

O Jornal da burguesia manipula, deturpa e mente sobre os dados do desemprego no país, não leva em conta quem já está desempregado há muito tempo, considera empregado quem está na informalidade e mais: apoia a legalização da informalidade do trabalho o que tem por consequência, mais fome e miséria.

A reforma acabou com a ultratividade que era a garantia de que mesmo que uma Convenção ou um Acordo Coletivo de Trabalho não fossem renovados nos períodos de data-base das categorias, todas as cláusulas sociais adquiridas anteriormente estavam garantidas. Ou seja, a reforma trabalhista é o extermínio de direitos.

O editorial do Jornal o Globo escancara seu intento em proteger os interesses patronais ao comemorar a drástica redução das ações judiciais após a reforma trabalhista, tenta esconder que os processos diminuíram porque a reforma trabalhista impôs ao trabalhador custas processuais, o que significa impedir o trabalhador que não tem condições de pagar de entrar com processos reivindicando direitos que foram desrespeitados pelos patrões.

Mas, não há o que se surpreender com o editorial desse Jornal, que já na década de 1960 lançou matéria criticando o direito dos trabalhadores ao 13ͦ salário, direito esse garantido através de muita luta.

Nesse momento de debate das eleições gerais no país em que o genocida e candidato à reeleição à presidência Bolsonaro/PL quer piorar ainda mais a reforma trabalhista e a candidatura de Lula critica a reforma trabalhista, mas já recuou na defesa da revogação da reforma em sua integralidade, reforça-se  a tarefa que temos de derrotar o governo genocida de Bolsonaro e avançar na luta pela revogação das reformas trabalhista e previdenciária e todas as ações desse governo que atentam contra os direitos e a vida da classe trabalhadora.